segunda-feira, 13 de junho de 2011

Autoridades reformulam leis para a construção de templos

 Um novo código de construção civil no Egito é visto pelos muçulmanos e pelos ativistas cristãos como um passo importante para o fim da violência religiosa e o respeito pelos direitos humanos no país.

Durante os últimos meses, muitos cristãos organizaram um protesto em frente à sede da TV estatal Maspero, no Cairo, após a violência sectária que explodiu em Imbaba. O governo prometeu, dia 12 de maio, que em 30 dias resolveria os problemas.

Ismail, membro da Irmandade Muçulmana, e outros egípcios muçulmanos, arquivaram uma queixa contra o primeiro-ministro, Essam Sharaf, acusando-o de elaborar uma lei que “não respeita a Constituição e as medidas de justiça defendidas pela Sharia (lei)”. Isso é um fato relevante, pois o Egito é um estado islâmico.

“Como podemos autorizar a construção de templos com base na distância (uma igreja ou mesquita por quilômetro quadrado, no máximo, de acordo com o novo projeto), enquanto os direitos humanos utilizam para isso a taxa populacional?”, questionou Ismail em sua reclamação.

“Em áreas de população elevada, uma mesquita por quilômetro quadrado não é suficiente para orações e isso significa que os mulçumanos acabarão orando na rua,” disse Ismail.

Da mesma forma, os cristãos parecem também não estar felizes com muitos artigos do projeto de lei, mas por razões diferentes. Serba Moun, padre da Igreja Imbaba, local de violência recente, descreveu-a como “uma lei complicada e não unificada.” De acordo com Moun, a lei ainda derruba as muitas barreiras que existem para a construção de igrejas.

De acordo com o projeto de lei, os governadores terão o direito de dar a licença para estabelecimentos e também de autorizar a demolição ou a manutenção de toda casa ou templo da região. Todos os pedidos que não receberem uma resposta dentro do prazo determinado serão considerados aprovados.

Tradução: Lucas Gregório 


Fonte: Ahram News

Nenhum comentário:

Postar um comentário