quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Igreja na Síria sente-se recompensada através do trabalho humanitário


Foi uma longa viagem desde a capital Damasco até Kharaba, no sul do país. O pastor Imad sabia que não havia garantia de que seria um trajeto seguro, pois ao afastar-se da cidade de Damasco, ouviu o som de tiroteios e granadas. 
“A operação inteira foi um milagre,” Imad compartilhou. “Nós sabíamos que a área aqui era intensa, havia muitos combates e ouvíamos os extremistas tomarem o controle do local.”
Syrian help.jpgO pastor foi de carro até a comunidade cristã de Kharaba, próxima a Suwayda. “Kharaba é uma comunidade cristã, mas agora está cheia de refugiados muçulmanos na região. Eles vieram e armaram barracas ali,” explica. “Quando chegamos em Suwayda, nosso motorista não quis continuar. Nós estávamos com medo de ficar presos ali, mas Deus enviou outro motorista que se dispôs a prosseguir.”
As pessoas que estavam no carro se sentiram seguras e recompensadas por sua coragem. “O caminho inteiro de Suwayda até Kharaba foi tranquilo; é quase inacreditável como Deus silenciou toda a violência.”
Por dois dias Imad trabalhou com sua esposa em Kharaba. “Nós conseguimos distribuir cobertores para 165 famílias,” afirma o pastor ao final da pequena viagem. “As pessoas foram muito gratas e respeitosas. Além de cobertores, entregamos Bíblias também, uma para cada família, mas algumas famílias vieram pedir por mais. Eu não esperava isso, de muçulmanos.”
“Sejam mansos e humildes”
“Somos uma humilde igreja aqui em Damasco, mas atualmente estamos ajudando mais de 1.350 famílias deslocadas na cidade,” pastor Imad afirma com entusiasmo. “É recompensador Deus nos permitir alcançar tantas pessoas.” Com o apoio da Portas Abertas, sua igreja protestante está ajudando as famílias muçulmanas em suas necessidades básicas.
O número que o pastor mencionou quantifica as famílias deslocadas internamente em Damasco que estão registradas nessa igreja específica para receber ajuda e acompanhamento regular. Mas o exemplo de Kharaba evidencia que a igreja não restringe seu trabalho apenas à capital. “Alguns meses nós ultrapassamos as 1500 famílias ao também auxiliarmos outras pessoas com necessidades em áreas diferentes.”
O trabalho da congregação, apoiada pela Portas Abertas, inclui o fornecimento de alimentos, assistência médica em uma clínica, visita às casas,  distribuição de cobertores e colchões para as famílias necessitadas. Às vezes o aluguel é pago. “Toda a ajuda é para atender às necessidades das famílias.” Além do auxilio material, a igreja também oferece socorro espiritual e distribui Bíblias. 
A situação está piorando
“A condição geral em Damasco está piorando,” Imad afirma. “As pessoas têm que lidar com o terrível barulho de tiroteios, granadas esporádicas, e mísseis por toda a parte. Não há mais lugar seguro.” A violência gera outros problemas. “Não há eletricidade durante várias horas do dia. As pessoas não podem continuar suas atividades diárias normalmente, como lavar suas roupas, cozinhar, tomar banho, passar roupa e aquecer suas casas (devido à falta de eletricidade, gás, diesel e gasolina). Até ler e estudar é difícil, visto que não há eletricidade.”
A alegria
“Depois do trabalho em Kharaba, uma pessoa da comunidade me ligou,” conta o pastor, com muita alegria em sua voz. “Os refugiados disseram: ‘Nós estamos muito gratos pelos cobertores durante esse clima frio, mas receber a Bíblia como presente foi o melhor! Deixou um impacto em nossas famílias muito maior do que os cobertores. ’ Eu quero muito voltar pra cá com comida e poder compartilhar mais de Jesus com eles.”
Uma mulher muçulmana contou a um dos líderes da igreja: “A primeira vez que eu entrei nessa igreja, eu senti que Deus estava ali. Agora Ele está presente em minha vida.”.
*O nome foi trocado para segurança do cristão.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoBruna Soldi

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Cristãos julgados por evangelizar lutam contra os tribunais da Argélia


Argerian Logo.jpgO veredito final de um argelino sentenciado a um ano de prisão por ter, supostamente, propagado a fé cristã, estava agendado para quarta-feira (13), durante uma audiência, em Tindouf. Outro cristão, que está sendo julgado em Oran, pela mesma ofensa, saberá, nas próximas semanas, se sua sentença de cinco anos de prisão será mantida.

No dia 4 de julho de 2012, Mohamed Ibouène, um cristão convertido do Islã, foi sentenciado por um tribunal em Tigzirt a um ano de prisão e multado em 50.000 dinares (aproximadamente 640 dólares americanos) por proselitismo (ou evangelismo). Abdelkrim Mansouri, antigo colega de Ibouène, fez uma reclamação à Guarda Civil Nacional de Tindouf, em fevereiro de 2012, afirmando que Ibouène o pressionou a "abandonar" o islamismo e se converter ao cristianismo. Ibouène nega as acusações, afirmando que, pelo contrário, foi Mansouri quem o pressionou a renunciar sua fé cristã.
"É verdade que você é cristão?", Mansouri teria perguntado a Ibouène. "Sim, eu sou cristão", ele respondeu. O primeiro então exigiu que Ibouène retornasse ao Islã, que ele chamou de "religião dos argelinos," conforme a agência de notícias Morning Star News.
Foi apenas em dezembro que Ibouène descobriu que sua sentença fora emitida de acordo com o Artigo 11 da Lei 03/2006, que restringe as práticas religiosas de não muçulmanos. "As autoridades não o julgaram antes por que aparentemente ele havia deixado Tindouf depois de se casar em junho e seu paradeiro não era conhecido, e também devido a processos administrativos lentos," relatou a Morning Star News.
"A história que amarra meu cliente foi inventada," afirma o advogado de Ibouène, Mohamed Benbalkacem, depois de recorrer à sentença no dia 23 de janeiro. "Esse julgamento não faz sentido, pois a própria Lei é ambígua. Não há nada claro em sua implementação." O juiz tomará sua decisão até o dia 13 de fevereiro.
Ibouène não é o único cristão que corre risco de ser preso por proselitismo na Argélia. Siaghi Krimo, preso em abril de 2011 e detido por três dias em Oran, por ter entregado um CD sobre cristianismo a um vizinho, recebeu uma sentença de cinco anos em maio de 2011, devido ao Código Penal da Argélia, que criminaliza atos "que insultam o Profeta e qualquer outro mensageiro de Deus, ou denigrem o credo e mandamentos do Islã." Krimo foi intimado para recorrer no tribunal em novembro de 2012, depois do adiamento de quase um ano do julgamento, para que novas provas fossem apresentadas. A próxima audiência de Krimo foi adiada sem data definida.
Cristãos e muçulmanos vieram à defesa de Krimo durante protestos fora do Ministério da Justiça antes do adiamento do caso em dezembro de 2011. "Não importa se ele é um argelino, judeu ou cristão, ele tem o direito de viver como qualquer outro cidadão que é muçulmano," afirma Selma, uma estudante muçulmana , ao jornal independenteEl Watan. "Um cristão tem o completo direito de oferecer uma Bíblia a alguém, assim como um muçulmano tem o direito de oferecer o Alcorão. Antigamente, esses tipos de casos eram vistos somente em Kabylie, e agora estão acontecendo em Oran. Onde mais acontecerá?"
Para muitos argelinos, o veredito de Krimo foi visto não somente como uma ofensa cometida a um cristão, mas também como uma violação dos direitos humanos de todos os argelinos. "As pessoas decidiram mostrar solidariedade ao seu concidadão que escolheu uma religião que o agradou," alegou Kaddour Chouicha, um representante da Coordenação Nacional de Mudança e Democracia, à Radio France Internationale. "A constituição argelina permite liberdade de consciência, liberdade de religião e liberdade de pensamento. O juiz abusou de seu poder, ao julgar de acordo com sua própria ideologia ,acima de sua consideração pela lei.
Enquanto é possível encontrar leis nos códigos legais da Argélia que discriminam minorias religiosas, o país é signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que declara no Artigo 18 que "todos têm o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui liberdade para mudar de religião... [e] em particular ou em público, manifestar sua religião ou crença ao ensinar, praticar, louvar, e em observância."
Cristãos como Krimo, contudo, provavelmente não vão sujeitar-se à pressão do governo – até mesmo se isso significar aprisionamento – ao renderem suas liberdades religiosas. "A família de Krimo decidiu batalhar sem medo de ser intimidada pelo tribunal," um porta-voz da Igreja Protestante da Argélia (EPA) comunicou à ICC. "Eles não se envergonham de sua fé... Krimo falou que está disposto a ir para a cadeia se necessário. ‘Eu prego em obediência ao Senhor, e eu pregarei novamente,’ ele me afirmou."
FonteInternational Christian Concern
TraduçãoBruna Soldi

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Pastor morre em ataque no Quênia, outro fica ferido


Kenia Extremists.jpgQuinta-feira passada, 7 de fevereiro, o pastor Ibrahim Makunyi, da Igreja Pentecostal da África Oriental e Abdi Welli, um líder cristão bem conhecido na área foram baleados na saída de um banco, em torno das dez horas da manhã. Welli foi declarado morto na chegada ao hospital, enquanto Makunyi foi imediatamente levado a um local onde poderia ser tratado. Até o momento, seu estado permanece estável.

Cristãos locais, profundamente entristecidos pela perda de Abdi Welli, insistem que este não foi um ataque aleatório. Como ex-muçulmano, convertido ao cristianismo, frequentemente ele recebia ameaças de morte. Mas, apesar da perseguição, ele permaneceu irredutível em seu testemunho cristão.

O pastor Abdi Welli deixou a esposa Hellen e três filhos jovens.

Pedidos de oração
  • Ore pela família de Abdi Welli. Sua viúva Hellen e os três filhos têm chorado a perda de seu marido e pai.
  • Interceda para que a recuperação do pastor Makunyi seja rápida e seu coração possa ser consolado da morte do amigo e companheiro de ministério.
  • Peça ao Senhor que console e guarde o pastor Makunyi e sua família, já que eles continuam vivendo e trabalhando em Garissa e estão sujeitos a novos ataques.
  • A comunidade cristã de Garissa tem enfrentado muita dificuldade por conta de sua fé em Jesus. Ore para que eles sejam fortalecidos em meio à perseguição.
Lembre-se pedir a Deus pelo perdão àqueles que atacaram os pastores; interceda pela sua salvação.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Pastor morre em ataque no Quênia, outro fica ferido


Kenia Extremists.jpgQuinta-feira passada, 7 de fevereiro, o pastor Ibrahim Makunyi, da Igreja Pentecostal da África Oriental e Abdi Welli, um líder cristão bem conhecido na área foram baleados na saída de um banco, em torno das dez horas da manhã. Welli foi declarado morto na chegada ao hospital, enquanto Makunyi foi imediatamente levado a um local onde poderia ser tratado. Até o momento, seu estado permanece estável.

Cristãos locais, profundamente entristecidos pela perda de Abdi Welli, insistem que este não foi um ataque aleatório. Como ex-muçulmano, convertido ao cristianismo, frequentemente ele recebia ameaças de morte. Mas, apesar da perseguição, ele permaneceu irredutível em seu testemunho cristão.

O pastor Abdi Welli deixou a esposa Hellen e três filhos jovens.

Pedidos de oração
  • Ore pela família de Abdi Welli. Sua viúva Hellen e os três filhos têm chorado a perda de seu marido e pai.
  • Interceda para que a recuperação do pastor Makunyi seja rápida e seu coração possa ser consolado da morte do amigo e companheiro de ministério.
  • Peça ao Senhor que console e guarde o pastor Makunyi e sua família, já que eles continuam vivendo e trabalhando em Garissa e estão sujeitos a novos ataques.
  • A comunidade cristã de Garissa tem enfrentado muita dificuldade por conta de sua fé em Jesus. Ore para que eles sejam fortalecidos em meio à perseguição.
Lembre-se pedir a Deus pelo perdão àqueles que atacaram os pastores; interceda pela sua salvação.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Tensão na Nigéria, 23 cristãos são mortos e 18 tiveram suas gargantas cortadas por militantes islâmicos


Nigeria boy.jpgA Nigéria tem sido palco de muitos conflitos sectários, frequentemente tendo cristãos como alvos. Em Abuja, militantes mataram pelo menos 23 pessoas por desobedecerem a lei religiosa islâmica, conhecida como Sharia, segundo moradores.
Em 21 de janeiro, atiradores islâmicos dispararam contra um mercado no Estado de Borno matando 18 pessoas. Um comerciante local, Alhaji Abba Ahmed disse aos jornalistas que o ataque ocorreu na aldeia Damboa. "Homens armados, suspeitos de serem membros do grupo islâmico Boko Haram, vieram ao mercado da cidade e mataram 13 caçadores da região, enquanto outras cinco pessoas morreram em consequência dos ferimentos no hospital" disse ele.
Os moradores disseram que os militantes pareciam ter como alvo os caçadores locais por venderem "carne de caça", como carne de porco e macacos, o que é proibido por muçulmanos locais. Boko Haram, que significa "Educação ocidental é um pecado",ordenou que os cristãos deixassem a região e exortou os muçulmanos para se deslocarem de áreas do sul para o norte. 
O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, que é cristão, foi criticado sobre os planos de implantar cerca de 1.200 soldados, como parte de uma força de intervenção do Oeste Africano para combater militantes islâmicos que ocupam o norte do Mali. Sua intenção é melhorar a proteção aos cristãos, especialmente nas regiões do país dominadas pelo islamismo.
Os críticos temem que o envolvimento da Nigéria possa inflamar ainda mais a sua própria revolta. No entanto Goodluck Jonathan disse à agência de notícias Reuters que o combate aos "jihadistas" é do interesse da Nigéria por causa das ligações entre seus islamistas e os dos países desertos ao norte, como o Mali.
Ore pela Nigéria:

*
Para que os cristãos que estão sofrendo ataques e perseguições possam encontrar coragem no Senhor e que não desistam de sua fé em Jesus.
*Pelas famílias que perderam entes queridos assassinados pelo Boko Haram. Que Deus possa confortar o coração deles com o Seu amor.
*Para que o governo tenha coragem e força para tomar providências e para que esses ataques terroristas contra cristãos cessem dentro da Nigéria.
FonteBosNewsLife
TraduçãoTamires Marques

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Nos últimos meses, cristãos sofreram ataques seguidos na Índia


A calma e a paz estão cada vez mais precárias a 20 milhas a leste (aproximadamente 32 km) da maior cidade da Índia. Ali, em uma vila rural, hindus atacaram cristãos por duas vezes unicamente por causa de sua fé em Jesus. Em decorrência à violência, as vítimas comprometeram-se a cancelar as reuniões que aconteciam em uma sala de oração.
India Persection .jpgO primeiro ataque ocorreu em 30 de dezembro, quando cristãos tribais da etnia Adivasi, que vivem na aldeia de Tamsai, encontraram-se para um culto na Igreja Yehovah Nisih Prayer. Durante a celebração, cerca de 20 hindus invadiram o local, conforme narrou um membro da igreja, Bharat Patel.
"Ao entrarem, os extremistas gritaram que não há lugar para reuniões cristãs na aldeia e, se quiséssemos orar a Deus, devíamos nos mudar para Mumbai. Eles rasgaram Bíblias e quebraram nossos instrumentos musicais antes de nos bater com brutalidade", relatou Patel.
Segundo o cristão, sua orelha esquerda ficou bastante ferida, enquanto três outros membros também sofreram ferimentos graves: um deles, um corte na cabeça. O assalto de uma hora de duração só terminou com a intervenção de líderes cristãos da área, que recolheram as vítimas e as levaram até a polícia para relatar o incidente.
Em 13 de janeiro, a autoridades policiais organizaram um encontro entre os cristãos e os hindus envolvidos no caso. Os extremistas concordaram em cessar o boicote social aos cristãos, restaurar seu acesso à água e outros serviços comunitários.
Por sua vez, "os cristãos concordaram em realizar reuniões de oração em suas casas, apesar de possuírem os registros necessários para o funcionamento da igreja e a sala de oração", disse o secretário geral de um fórum cristão local, Joseph Dias, à Portas Abertas.

A trégua durou um diaEm 14 de janeiro, às duas horas da tarde, três mulheres cristãs estavam lavando roupa em um poço público. Perto dali, uma menina de 12 anos de idade carregava um telefone celular, no qual estava tocando uma música gospel.
Diante dessa situação, alguns moradores iniciaram um protesto alegando que "essas músicas não deveriam estar no limite de sua faixa de audição", contou Dias. Nesse mesmo dia, mais tarde, cerca de 50 pessoas concentraram-se próximas às casas das três mulheres, chamando-as para fora. De acordo com Patel, ao saírem, elas foram terrivelmente agredidas.
A mãe da menina, que estava entre a multidão que atacava as mulheres, correu para ajudá-la e também foi espancada, disse Patel. Uma das mulheres sofreu contusões e escoriações por todo o corpo e seu rosto ficou inchado. As outras duas sofreram ferimentos leves.
Joseph Dias também informou que os cristãos foram atacados em Tamsai porque os extremistas hindus não aprovam suas atividades de adoração a Deus, incluindo serviços de cura. Os cristãos, disse ele, se recusam a participar do culto aos ídolos hindus e, mediante a isso, alguns hindus têm descoberto a verdadeira graça que só o Senhor pode dar. Ore pelo fortalecimento desses novos irmãos e pela segurança do Corpo de Cristo na Índia.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sete cristãos coptas são condenados à morte no Egito


Nessa terça-feira (29), o tribunal do Cairo confirmou a sentença de pena de morte de sete cristãos coptas por sua participação no filme anti-islâmico “A Inocência dos Muçulmanos”. Divulgado em 11 de setembro de 2012, o vídeo provocou uma série de atos violentos e manifestações contrárias à produção tanto no Egito quanto em países vizinhos.
Cristãos Egito.jpgSegundo notícia publicada no site da Portas Abertas, em 16 de setembro, o filme foi produzido nos Estados Unidos, por um israelense-americano e liberado por um expatriado egípcio. Entre os defensores do vídeo, está o pastor Terry Jones, que em 2010 provocou uma revolta no Afeganistão após ameaçar queimar o Alcorão, livro sagrado islâmico.

Em 28 de novembro do ano passado, Terry Jones também havia sido condenado à pena de morte, porém, por decisão do tribunal, sua pena foi reduzida a cinco anos de prisão. "As sete pessoas acusadas foram condenadas por insultos à religião islâmica através da participação na produção e distribuição de um filme que insulta o Islã e seu profeta", disse o juiz Saif al-Nasr Soliman.
De acordo com notícia da AFP, os tribunais egípcios normalmente condenam à pena máxima casos em que se comprova a blasfêmia e, em seguida, transferem o caso ao mufti (líder islâmico supremo), que dá sua aprovação. A sentença contra os sete coptas e o pastor americano ocorreu após a aprovação religiosa. No entanto, se os acusados regressarem ao Egito (eles estão no EUA), poderão se beneficiar de um novo processo.

Inicialmente, o governo americano divulgou que manifestações espontâneas contra o filme teriam resultado no ataque ao consulado americano em Bengasi, na Líbia, que causou a morte de quatro funcionários dos EUA, incluindo o embaixador Christopher Stevens. Mais tarde soube-se que o ataque foi uma ação terrorista.

Na época, líderes cristãos também condenaram o filme. A Igreja Ortodoxa Copta emitiu uma declaração condenando o vídeo como "abusivo" ao profeta Maomé, “realizado por alguns coptas que vivem no estrangeiro", e "rejeitando tais atos que ofendem as crenças religiosas e todas as religiões."

Redação: Ana Luíza Vastag
FonteAFP

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

No Laos, dois casos refletem perseguição religiosa contra famílias cristãs


18º colocado na Classificação de Países por Perseguição (WWL) 2013, o Laos é um Estado comunista de maioria budista. Todos os cristãos vivem sob vigilância e as atividades da Igreja são limitadas. A comunidade local reage agressivamente contra convertidos que renunciam o culto aos espíritos
Família cristã perde tudo
O ex-budista Kapono* e sua família foram obrigados a fugir de casa, em 9 de janeiro de 2013, devido à perseguição vivida nas mãos de parentes e moradores. Os cristãos haviam aceitado e professado sua nova fé há apenas duas semanas quando tiveram de abandonar seu lar, localizado em uma aldeia não revelada, no sul do Laos.
Laos Children.jpgSegundo uma fonte local, "quando voltaram para sua residência, vindos de uma igreja que ficava em uma aldeia próxima, primos e vizinhos perseguiram severamente os cristãos". E não parou por aí: "No último domingo (6), a vaca de Kapono foi tomada à força e, em seguida, ele e sua família foram empurrados para fora da aldeia. Eles perderam tudo o que possuíam, inclusive suas terras, que equivaliam a cerca de quatro hectares."
Kapono e sua família estão agora hospedados na casa de um amigo cristão em uma aldeia vizinha.
CSW escreve carta aberta ao presidente do Laos sobre desaparecimento de família cristãNa semana passada, a organização Christian Solidarity Worldwide (CSW) redigiu uma carta aberta ao presidente Choummaly Sayasone, da República Democrática Popular do Laos, solicitando informações urgentes sobre a família do Sr. Boontheong, da província de Luang Namtha.
Boontheong desapareceu em 3 de julho de 2004, juntamente com sua esposa e filho que, na época, tinha 7 anos de idade. Antes de seu desaparecimento, Boontheong havia sido ameaçado e preso pela polícia local por causa de sua fé cristã. Ao longo dos últimos oito anos, a CSW e seus parceiros têm tentado, sem sucesso, saber o paradeiro da família.
A carta exorta o governo do Laos a investigar o desaparecimento dos cristãos e fornecer informações sobre o seu estado e localização. A CSW reforça "a necessidade latente de o governo liderar o país [...] mediante as leis previstas na Constituição do Laos" e cita o artigo que "diz respeito ao direito fundamental de todo cidadão de acreditar ou não acreditar em religiões".
Apesar dos casos apresentados, o Laos tem visto melhorias na liberdade religiosa nos últimos anos, inclusive uma redução significativa no número de prisioneiros de consciência cristãos e da duração média da pena. No entanto, ainda existem significativas restrições sobre os seguidores do cristianismo. Além disso, a disposições legais do Estado de Direito muitas vezes não são devidamente aplicadas, o que significa que os crentes ainda estão sujeitos à prisão e assédio por conta de sua crença.

O diretor da organização Andrew Johnston disse: "A CSW está profundamente preocupada com o paradeiro e segurança do Sr. Boontheong e sua família e insta as autoridades a lançarem uma investigação sobre este caso imediatamente. Lembramos o governo de sua obrigação em respeitar a liberdade de religião ou crença, de acordo com a Constituição e o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (PIDCP), ratificados pelo Laos em 2009."
Pedidos de oração
  • Ore em favor dos cristãos e suas famílias no Laos, que mesmo tão novos na fé, permanecem em Cristo, apesar da perseguição. 
  • Peça ao Senhor para que restitue tudo o que eles perderam por causa de seu amor a Deus. 
  • Interceda pela família do cristão Boontheong, que permanece desaparecida.

     *Nome trocado para a segurança do cristão
FontePortas Abertas Internacional e CSW
TraduçãoAna Luíza Vastag

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Nigéria: 30 cristãos são mortos em massacres na véspera de Ano Novo

Cristãos foram alvos de dois ataques no estado de Borno; em cada um deles, morreram 15. Na Nigéria, onde antes era considerado apenas o norte do país na Classificação de Países por Perseguição, agora todo o território é contemplado como hostil àqueles que professam o cristianismo

Girl_Nigeria.jpgEm um único ataque, que ocorreu no domingo, (30/12), quinze cristãos morreram. Fontes afirmam que homens armados invadiram um culto na aldeia de Kyachi, cidade de Chibok (perto de Maiduguri, nordeste da Nigéria). De acordo com Mohammed Kanar, coordenador regional da Agência Nacional de Gestão de Emergências (NEMA, sigla em inglês), as vítimas foram brutalmente baleadas pelos criminosos sem motivo aparente.

"Recebemos informações do nosso pessoal em Chibok de que alguns atacantes invadiram uma igreja durante o culto de domingo e mataram 15 pessoas", disse ele à agência France Presse.

Anterior a esse ataque, outro massacre já havia ocorrido na sexta-feira (29/12), no qual, em uma noite, 15 pessoas foram mortas em Musari, na região de Maiduguri, mesmo lugar da segunda ofensiva, citada acima.

"A partir das informações que reunimos, pudemos concluir que os agressores invadiram casas selecionadas e assassinaram 15 cristãos durante o sono", declarou à agência de notícias AFP um oficial que prestou socorro às famílias.

"Sem dúvida alguma, as vítimas foram selecionadas porque eram todas cristãs, algumas das quais haviam se mudado para o bairro vindas de outras partes da cidade, atingidas por ataques do Boko Haram," acrescentou ele.
Clima de medoEm outro momento, segundo informaram reportagens locais, seis cristãos, incluindo o pastor, foram mortos por homens armados durante um culto de véspera de Natal em uma igreja no estado de Yobe. Para muitos cristãos, estas mortes são uma lembrança do Natal de 2011, o mais sangrento da Nigéria, quando os ataques a igrejas e outros locais deixaram dezenas de pessoas mortas.

Em resposta à violência acontecida em 2011, o presidente do país, Goodluck Jonathan, declarou o estado de emergência em muitas áreas do norte, as mais afetadas por ataques de militantes islâmicos do Boko Haram. Maiduguri, capital do Estado de Borno, é vista como a sede do grupo.

Desde 2009, radicais têm se empenhado em ações violentas com o objetivo de impor a lei islâmica no país. No início, o Boko Haram tinha como alvo os muçulmanos contrários à sua ideologia e símbolos do governo nigeriano, mas, depois de um tempo, o grupo expandiu seus ataques aos cristãos, enviando homens armados contra igrejas e seguidores do cristianismo. A recorrência desses atos violentos forçou milhares de famílias cristãs a buscarem refúgio em áreas mais seguras do país, especialmente no sul, que é predominantemente cristão.

Muitos analistas acham que a implantação da Força Tarefa Conjunta (JTF, sigla em inglês), uma unidade especial, nas áreas mais atingidas, não conseguiu erradicar o fenômeno da insurgência islâmica. A resposta do governo é muitas vezes vista como controversa: o exército está sendo acusado de cometer atrocidades contra pessoas inocentes; acusação que oficiais negam veementemente.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag