sexta-feira, 30 de março de 2012
Exército de Mianmar invade e saqueia igreja no distrito de Bhamo
O pastor e mil membros da igreja da aldeia Pang Mu abandonaram o campo de refugiados Yang, na aldeia Mai Já, em 19 de novembro de 2011.
Em 10 de março, soldados do Exército Birmanês* interromperam uma conferência cristã e ameaçaram um membro do Parlamento (MP) no Estado Chin, na Birmânia Ocidental, de acordo com a Organização de Direitos Humanos Chin (CHRO).
Mais de mil delegados de 80 filiais locais da Igreja Evangélica Mara (Chin) na aldeia de Sabawngte, no sul do Estado Chin, reuniram-se para a conferência, que teve permissão oficial. A CHRO relata que vários soldados do exército interromperam a reunião e repreenderam o chefe da aldeia por não informar às autoridades sobre o evento. Quando Pu Van Cin, um deputado do Partido Nacional de Desenvolvimento Étnico, viu os soldados confrontando o chefe da aldeia, tentou intervir, mas foi ameaçado com uma arma.
Bento Rogers, líder da equipe oriental Christian Solidarity Worldwide (CSW) na Ásia, disse: "Estes incidentes mostram que ainda há um longo caminho a percorrer no processo da reforma política de Mianmar, e por essa razão, a comunidade internacional deve ser cautelosa quanto às sanções que faz ao país. Temos visto uma evolução em nosso país em algumas áreas nos últimos meses, mas o Exército de Mianmar continua a violar gravemente os direitos humanos, principalmente em áreas etnicamente delimitadas, nisso podemos incluir a discriminação e a perseguição religiosa das minorias.
A liberdade religiosa é um valor fundamental em qualquer sociedade democrática, e por isso, se o governo birmanês quer uma reforma séria, deve proteger a liberdade religiosa das minorias. Pedimos à comunidade internacional que acompanhe atentamente a situação das minorias em nosso país. Embora seja certamente direito de aliviar algumas sanções, em reconhecimento dos progressos realizados, pedimos à União Europeia, Estados Unidos e os outros a fazê-lo gradualmente, passo a passo, e que mantenha algumas sanções até que uma verdadeira mudança ocorra.
Em Rangun e nas áreas urbanas há uma mudança atmosférica, mas não institucional, legislativa e constitucional que vai fazer da reforma irreversível. Nas áreas etnicamente delimitadas, os crimes contra a humanidade continuam. Apelamos a presidente Thein Sein e todos os funcionários reformistas do governo birmanês para tomar medidas para acabar com os abusos dos militares, e para proteger os direitos humanos, incluindo a liberdade religiosa, para todos”.
FonteChristian Solidarity Worldwide (CSW)
TraduçãoMarcelo Peixoto
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