quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Perseguição se intensifica ainda mais por parte do governo

 Autoridades no norte do Laos ordenaram aos cristãos que deixem de se encontrar secretamente em suas próprias casas, onde realizam cultos e reuniões. Já ocorreram as prisões de um pastor e de vários paroquianos, mas tudo está sendo monitorado por uma agência de direitos humanos norte-americana.

O pastor Seng Aroun, da igreja Kon, em Luang Namtha, e outros três cristãos da aldeia de Sounya tinham se encontrado na casa de um homem chamado Kofa para realizar um culto no domingo. As autoridades prenderam os quatros e os detiveram em uma prisão local. Todos, menos o pastor, foram liberados três dias depois.

O cristianismo é uma religião minoritária no Laos, totalizando cerca de 150 mil pessoas, principalmente protestantes e católicos. Em Sounya, os cristãos têm enfrentado uma crescente oposição por parte das autoridades, desde a conversão de 400 pessoas em 2002.

Outro caso foi na província de Udomsai, onde Bounchan Kanthavong está para ser libertado da prisão, após cumprir a pena de 12 anos, sentenciada em 1999, por ter-se convertido e pregado o evangelho abertamente.

Kanthavong disse à sua esposa, Sengkham, durante uma visita dela à prisão, que os funcionários lhe disseram que o soltariam, se ele renunciasse à fé cristã e se afastasse do que acreditava.

Sengkham se tornou uma figura de liderança na igreja local protestante. Kanthavong também alertou, antes de sua prisão, que os funcionários do governo estavam prestes a prendê-lo por causa de suas atividades religiosas. Ele foi, então, acusado de traição e sedição.

Agências de direitos humanos estão pedindo ao governo que reconsidere a sentença de Kanthavong e o liberte imediatamente por razões de liberdade religiosa, que tem garantia nas leis do Laos e, portanto, as atividades de Kanthavong não deveriam ser entendidas como traição ou sedição.

Tradução: Lucas Gregório 


Fonte: The Diplomat

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