quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A BELEZA DA REVOLUÇÃO EGÍPCIA

A cada momento, o Egito domina a nossa atenção. Está em todos os noticiários, nos jornais, revistas e nas redes sociais, e todo dia acontece uma coisa nova. Tanta informação que fica difícil acompanhar. Então, vamos parar um pouco e olhar com calma o quadro geral da situação egípcia atual – que, pessoalmente, acho muito linda.
Na verdade, tudo isso começou na Tunísia. A população, cansada de viver com a corrupção e a pobreza, iniciou uma onda de protestos que fez o presidente, Zine El Abidine Ben Ali, reununciar ao poder. Esse movimento ganhou o nome de Revolução do Jasmim, flor típica de lá.
A Tunísia continua na luta por um governo melhor; a queda do presidente foi só uma etapa. Mas a onda da revolução começou a se espalhar por outros países do norte da África e do Oriente Médio, países que eram vistos no resto do globo como incapazes de seguir por um caminho democrático.
Mauritânia, Argélia, Egito, Sudão, Iêmen, Omã e Jordânia abraçaram a onda que começou com a Revolução do Jasmim. Todos esses países têm em comum o fato de terem governos muito longos, e de viverem sob regimes corruptos e grande pobreza. No povo, as principais frentes de protesto se encontram na classe média, nos menos favorecidos e nos jovens, que articulam protestos através do facebook e do twitter.
Desses países que foram tomados pela onda da Revolução do Jasmim, o Egito se destacou na mídia pela força de seus protestos. O povo lutou pela queda do presidente Hosni Mubarak, mas sabem que isso não significa o fim da busca por um governo melhor. Afinal, a saída de Mubarak abre uma para qualquer ideologia, governo, linha política.
Percebeu como tudo isso é muito lindo? Existe uma onda revolucionária se espalhando entre esses países. E começou na Tunísia, um país que ninguém pensa ser um formador de opinião internacional. Mas o povo foi lá, se manifestou, e ainda por cima influenciou diversas outras nações. Não para guerra, mas para liberdade. Que incrível!

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