
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Iraque: não há mais lugar seguro
A região norte do Iraque até pouco tempo era considerada uma região segura para a comunidade cristã, mas recentes ataques a empresas de proprietários cristãos ameaçam a segurança nessa região.
No dia 02 de dezembro de 2011, durante uma pregação, o Mullah Mala Osman Ismail Sindi reclamou sobre a corrupção moral no norte da cidade de Zakho. Incitado pelo sermão, um homem muçulmano se levantou e começou a gritar os nomes dos comerciantes cristãos da região.

Na manhã do dia seguinte a violência recomeçou em dois outros bairros nos arredores de Dohuk, onde os muçulmanos atacaram lojas de bebidas e queimaram um clube cultural cristão. Dois dias depois, em 05 de dezembro, incidentes ocorreram contra as comunidades cristãs perto da capital curda de Erbil e no centro de Sulaymaniyah, 124 quilômetros ao sul.
“A coisa interessante com este incidente é o lugar onde aconteceu”, disse Emanuel Youkhana, um arquidiácono da Igreja Assíria do Oriente. “[O Governo Regional Curdo] é, em sua maior parte, seguro e protegido, e todos os habitantes desfrutam de prosperidade e segurança, pelo menos até agora. O futuro é, por todos os meios, desolador para os cristãos e outras minorias que vivem lá.”
Fontes locais disseram que os ataques foram organizados por um partido pró-islâmico influenciado pela Irmandade Muçulmana. Os ataques refletem uma atitude crescente de intolerância entre os muitos muçulmanos no Iraque. Kaldo Oghanna, secretário-geral do Chaldo-assírio e União da Juventude, disse que os ataques ameaçam a estabilidade e a segurança da região curda.
“Este ataque não é um ataque normal,” disse Oghanna. “Ele ameaçou os nossos negócios, e está ameaçando a situação no Curdistão. Eles atacaram a democracia da região curda e a segurança. Acho que isso é a mentalidade das pessoas que não toleram os que são diferentes. Esta é a nossa luta real.”
Por ser considerada uma região segura, milhares de cristãos mudaram-se para o Curdistão. O pastor de uma igreja disse: “Infelizmente, com a violência nos últimos dias, esta esperança já se foi. As pessoas estão petrificadas e estão dizendo: ‘O que nos acontece agora?”.
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