“Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no SENHOR Deus, para anunciar todas as suas obras”. Sl 73:28 (RC)
Sabemos que o desejo de Deus é que o Evangelho seja transmitido a todos os povos. Por que, então, tantos séculos já se passaram desde a ordem que o Senhor nos deu de irmos pregar a todas as nações, e ainda temos missões como uma obra inacabada?
No Salmo 73:28 vemos algumas razões de termos missões como uma obra inacabada:
Falta-nos intimidade com Deus (vs. 28a) - o salmista estava olhando para a prosperidade dos ímpios e por um tempo parou de olhar para o Senhor; parou de caminhar com Ele (versos 2 e 3). Depois cai em si e diz: “bom é aproximar-me de Deus”. E nós, como estamos em relação à intimidade com Deus? Nas igrejas vemos um ativismo tremendo, e o ‘viver em intimidade com Deus’ tem sido deixado de lado. Pois há um envolvimento demasiado com a aparente obra de Deus, esquecendo-se do Deus da obra.
Vemos em Atos dos Apóstolos a fabulosa expansão do Evangelho, ocorrida em tão pouco tempo e com os recursos bem limitados. Ao compararmos com os nossos dias, a pergunta é: por que temos feito tão pouco, diante de todos os meios de transporte e de comunicação de que dispomos? O lema deles era: Conhecer a Deus e fazê-lo conhecido, pois o alvo maior era viverem em íntima comunhão com Deus; do contrário, não teriam nada para oferecer ao mundo (Atos 3:6).
Precisamos entender que necessitamos desta íntima comunhão com o Senhor para termos algo substancial a oferecer ao mundo que clama. Pois embora tenhamos igrejas em praticamente cada esquina, para todo tipo de gosto e preferência, as pessoas precisam de Deus, como aquele mendigo e paralítico na porta do templo, em Jerusalém, que segundo o texto em Atos 3:5 “olhava atentamente [para Pedro e João] esperando receber alguma coisa”. A carência maior da humanidade é de Deus e da salvação. Assim, sem usufruir a intimidade com Deus por meio da Sua Palavra e oração, a igreja pode vir a tornar-se nada mais do que uma das muitas ONGs (Organizações Não Governamentais) que tentam solucionar a superfície, a ‘casca’ das mazelas humanas, sem tratar aquilo que destrói o homem por dentro, o pecado, fonte do caos no mundo.
Quem não ouviu falar do destacado missionário Hudson Taylor? Em sua biografia consta que “o sol da China nunca se levantou sem ver Hudson ajoelhado, orando ao Senhor”. Ele foi um homem que entendeu que a intimidade com Deus era algo fundamental para sua vida e ministério. Se perdermos Deus de vista, conseqüentemente perderemos também de vista a Sua obra.
Com Asafe aprendemos também que falta-nos confiança em Deus, vs. 28b. O salmista depois que volta o seu olhar para o Senhor, vê o Senhor como o seu refúgio. No mundo pós-moderno, onde predomina o relativismo e onde é ensinado que não existe uma verdade absoluta, somos desafiados a continuar confiando no Senhor por intermédio da sua inerrante e infalível Palavra que temos em mãos as sagradas Escrituras. E aqui a frase ‘pus a minha confiança no Senhor’ trás a idéia de Deus como Aquele que nos faz descansar, pois nEle as inquietudes da vida se desvanecem.. Asafe conclui dizendo: ‘…para anunciar todas as tuas obras.’ E com isso percebemos que uma outra razão de termos missões ainda como uma obra inacabada é que falta-nos compromisso com a proclamação das obras de Deus, vs. 28c. Ele nos ensina que a intimidade com Deus e a confiança nEle têm um propósito: “…para anunciar todas as tuas obras”. Se provei da graça e do perdão de Deus, não posso me calar. Tenho que proclamar aquilo que Ele fez, tem feito e está fazendo.
O Senhor disse que receberíamos poder PARA TESTEMUNHAR!! Mas vemos hoje um poder que não transforma, que não leva o indivíduo a testemunhar de Cristo, pelo contrário, o detém em quatro paredes.Temos a ordem de Deus de proclamarmos ‘as virtudes do nosso Senhor’ que nos tirou das trevas para sua maravilhosa luz, como diz I Pedro 2:9. Jesus é muito específico. Ele não queria que tivéssemos qualquer dúvida quando disse: “Ide por tudo mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc. 16:15). Ele está nos ensinando que o Evangelho não é privilégio de alguns. É para os índios, para o pessoal da cidade, do interior; é para o africano, asiático, americano, latino; é para toda criatura humana.
Cabe a nós uma coisa: proclamar o Evangelho hoje, amanhã e sempre! Indo, orando e contribuindo! Mas nunca sem fazer alguma coisa!
Zenilson A. Bezerra
Missinário junto a Tribo Kuripaco - AM
Fonte: Missao Novas Tribos
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