quinta-feira, 31 de março de 2011
Cristão eritreu enfrenta pena de morte na Arábia Saudita
De acordo com a organização Asmarino Independent, as autoridades sauditas prenderam um evangelista cristão no dia 12 de fevereiro, em uma mesquita em Haya Roda, na capital Jeddah. Mussie Eyob, que se converteu ao cristianismo há dois anos, agiu segundo seu desejo de evangelizar a sua comunidade e começou a pregar para membros da Embaixada eritreia. Três dias depois, ele foi até a mesquita local e começou a compartilhar suas crenças com as pessoas que estavam lá. Mas, infelizmente, ele foi preso pelas autoridades por pregar para muçulmanos, uma ofensa que tem pena de morte na Arábia Saudita.
As autoridades levaram Mussie para ser examinado por diversos médicos, que declararam que ele estava em condições de passar por um julgamento. Então, ele foi transferido para a Prisão de Segurança Máxima em Briman.
Amigos e familiares que visitaram Mussie na prisão disseram que ele está relativamente bem. No entanto, eles estão muito preocupados com seu bem-estar, e já procuraram um advogado.
A organização Asmarino Independent relatou o seguinte: “A Arábia Saudita está em uma das primeiras posições no ranking de perseguição no mundo. De acordo com as estatísticas da Anistia Internacional, mais de 60 pessoas foram executadas no país em 2009 e 102 em 2008. No final de 2009, a Anistia Internacional anunciou que 141 pessoas estavam no corredor da morte na Arábia Saudita, incluindo 104 estrangeiros”.
As autoridades levaram Mussie para ser examinado por diversos médicos, que declararam que ele estava em condições de passar por um julgamento. Então, ele foi transferido para a Prisão de Segurança Máxima em Briman.
Amigos e familiares que visitaram Mussie na prisão disseram que ele está relativamente bem. No entanto, eles estão muito preocupados com seu bem-estar, e já procuraram um advogado.
A organização Asmarino Independent relatou o seguinte: “A Arábia Saudita está em uma das primeiras posições no ranking de perseguição no mundo. De acordo com as estatísticas da Anistia Internacional, mais de 60 pessoas foram executadas no país em 2009 e 102 em 2008. No final de 2009, a Anistia Internacional anunciou que 141 pessoas estavam no corredor da morte na Arábia Saudita, incluindo 104 estrangeiros”.
Tradução: Deborah Stafussi
Fonte: Portas Abertas |
Cristão é enterrado vivo, sobrevive e agora testemunha o poder do Senhor
quarta-feira, 30 de março de 2011
DIA 31 - Sri Lanka - Hostilidade contra os pastores
Muitos dos pastores do Sri Lanka estão atuando em povoados rurais e longínquos, onde o budismo é forte e ativo para impedir o crescimento das religiões minoritárias. As hostilidades contra os cristãos aumentam sempre que há conversões de seguidores do budismo para o cristianismo. Clame em favor dos pastores que enfrentam esses riscos.
terça-feira, 29 de março de 2011
Missionárias relatam trabalho na Angola
As missionárias Katiucia Gomes e Ana Amélia conversaram com o Portal Verbo da Vida falando um pouco sobre o tempo em que vivenciam na Angola e suas expectativas para este ano.
Fale-nos um pouco sobre as experiências mais marcantes vividas durante este tempo em que vocês estão na Angola.
Ana Amélia: Quando você tem a direção certa em seguir os passos que Deus orienta para a sua vida, você vai ter sucesso. Foi um tempo muito bom, de crescimento e amadurecimento. E ainda entender muitas coisas que a Palavra diz, que na prática do dia-a-dia você convivendo no seu lugar comum, no seu lugar confortável, não percebe a necessidade que há em certos detalhes. Uma experiência marcante para mim foi ensinar no Rhema Angola. Eu fui para fazer parte do projeto que Rita tinha aberto para a Escola de Missões, então fui para ficar 3 meses. Mas, fui convidada por ela para ficar mais 3, e mais 3, e agora fui convidada para ficar mais 1 ano. Eu tinha vontade de ensinar, ficava olhando os professores dando aula e eu desejei no meu coração, mas não falei com ninguém. A Palavra de Deus diz que quando você se deleita no Senhor e Ele realiza os desejos do seu coração. Quando eu me vi dando aula, as pernas tremeram! É uma responsabilidade muito grande, as pessoas estarão ouvindo o que irá mudar a vida delas. Eles me receberam muito bem, sugaram muito da matéria, realmente foi um presente ensiná-los.
Katiucia: Para mim, está na Angola já é uma experiência completamente marcante. Faz parte do meu chamado. Tem sido uma experiência marcante e gratificante. Costumo pensar que me tirar de lá é como tirar um peixe da água. Eu sei que existem as responsabilidades, muito serviço a fazer, mas o fato de conviver com este povo me faz desfrutar de grandes experiências, as quais eu não troco por nada. Eu tive algumas oportunidades, tanto de ministrar na Igreja Monte Horebe como também de ir para outras congregações. Estive em uma igreja que 90% dos membros não falavam português, falavam algum tipo de dialeto. Um povo totalmente diferente, bem característico da África. Eu tive um intérprete para pregar e vi que não existia presente melhor do que compartilhar a Palavra com aquelas pessoas. Foi muito divertido, eu vi cabras sendo oferecidas como oferta, inclusive eu ganhei uma cabra (risos). Foi uma experiência muito boa! Eu vi fardos de arroz, feijão, sendo depositados no altar, expressando a alegria de estar honrando ao Senhor e a mim como ministra naquele dia, foi muito lindo. Outra experiência foi quando fui com Rita em uma igreja pregar. Mas, ao chegarmos lá, estava acontecendo um velório. E toda a família da falecida estava esperando a ministra (Rita) para pregar. Eu achei lindo, porque naquela ocasião, mesmo sendo de tristeza, nós tivemos a oportunidade de pregar a Palavra de Deus e as pessoas foram alcançadas e aceitaram a Jesus Cristo. A cada dia surgem experiências pelas quais nunca passei no Brasil
Muitas mudanças ocorreram na escola em Angola este ano, como a transição na diretoria de Rita Cavalcanti para Maria Amélia. Quais as expectativas de vocês para 2011?
Katiucia: Eu acredito que esta fase de implantação ocorreu nesses 3 anos com a diretora Rita. Agora, em 2011, será um tempo de mais estabilidade e colheita. Eu creio que a carga vai ser menor. Existe hoje uma graça específica para este tempo. Eu creio que vai ser mais leve, porque de fato o ano passado foi muito puxado devido as 3 turmas (Rhema e EMR). Foi muito serviço, mas o tempo todo a graça de Deus nos assistiu. Não foi pesado. Creio que experimentaremos muito mais de Deus, alcançando mais vidas com a Sua Palavra.
Ana Amélia: Eu creio que esse ano haverá amadurecimento. Os frutos que foram plantados na nossa vida, passarão por um amadurecimento, e chegará à colheita. Eu creio que a unção pegará junto no que for necessário, capacitando Maria Amélia para exercer a função de diretora. Também será um tempo no qual poderemos investir em pessoas que terminaram o Rhema o ano passado e a Escola de Ministros, bem como também vamos poder auxiliar mais na igreja Monte Horebe, ajudando o Pr. Zambo em alguns dos departamentos da igreja.
Fonte: Verbo da Vida
DIA 30 - Bangladesh - Discipulado de bangaleses
Os crentes de Bangladesh necessitam de discipulado mais constante e fundamentado, antes de ingressar num treinamento de liderança. Interceda para que os cristãos cresçam no amor e no conhecimento de Deus através desses treinamentos e ore também pelo material de discipulado que está sendo produzindo para eles.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Entenda o Afeganistão
Localizado entre a Ásia Central e o Oriente Médio, o Afeganistão foi ao longo de sua história uma rota percorrida por muitos conquistadores como Alexandre, O Grande, e seu conjunto cultural e linguístico é formado pela língua, cultura e religião dos povos vizinhos (Paquistão, Índia, Irã, China, Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão), sendo dessa forma influenciado pelas culturas grega, persa e hindu. No país existem alguns grupos étnicos com práticas linguísticas e culturais diferentes, mas o principal deles é o pachtun. Formado atualmente por cerca de 40 milhões de pessoas esse grupo etnoliguistico teve importante participação nas principais guerras enfrentadas pelos afegãos, tanto pela independencia do império britanico quanto contra os invasores soviéticos na década do 1970-80. Dessa etnia surgiu um dos mais importantes grupos radicais islamicos da atualidade, o Talibã que significa “aqueles que estudam o livro”, que após chegar ao poder em 1996 procurou se manter no poder através da imposição da Sharia (lei islamica) e de um nacionalismo exacerbado. O emprego da Sharia no país afetou as relações de muçulmanos com individuos de outras religões existentes no país como cristãos e hisdus e impos restrições à liberdade religiosa. O Talibã foi destituido do poder politico após a invasão militar norte-americana em 2001 e desde então atua como principal grupo de resistencia. Além de estar ocupado por um exercito estrangeiro e de ter que lidar com ataques de grupos extremistas como o Talibã, o Afeganistão lida atualmente com um problema de politica e saúde publicas, o das drogas. O país é o maior produtor de Papoula do mundo (80% do ópio mundial é produzido no Afeganistão), planta da qual é extraidio o ópio, substancia que serve tanto como entorpecente quanto como droga medicinal. Em alguns vilarejos em que não existem hospitais e atendimento médico, os cidadão utilizam o ópio para aliviar a dor e acabam se tornando dependentes quimicos. O cultivo da papoula é ilegal no Afeganistão, mas é muito mais lucrativo que outra culturas, muitos pequenos agricultores sobrevivem do plantio e venda da papoula e tem se incomodado com as medidas que o governo tem tomado para erradica-la. Após ser destituidos do poder o Talibã viu no ópio uma fonte de renda para fincanciar sua insurgência e para retomar o poder politico, o que é contraditório, pois querem um país essencialmente islamico, mas a religião islamica é contra o cultivo e uso de drogas. Para alguns lideres religiosos do país o Talibã não quer um Afeganistão islamico, mas apenas o poder. O país tem recebido de países do ocidentes fertilizantes e outras culturas como feijão e milho com o intuito de se desvensilhar paulatinamente da dependencia economica da papoula. Não é atoa que hoje o Afeganistão figura na 3ª posição da lista de classificação de países por perseguição da Missão Portas Abertas, quanto mais o cerco ao terrorismo e ao trafico de drogas aumenta, mais dificil fica a situação da Igreja de Cristo no país, já que esta é vista por muitos grupos radicais como agente dos interesses ocidentais no país. Marcelo Peixoto- Historiador
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DIA 29 - Maldivas - Confiança para caminhada na fé
É comum o clima de desconfiança entre os cristãos nas ilhas Maldivas, porque eles não têm vínculos fortes uns com os outros. Existem casos em que os crentes são entregues às autoridades por pessoas que fingem ser cristãs. Ore para que o Senhor restaure a confiança entre eles e para que irmãos e irmãs maduros na fé possam ajudá-los de forma sincera na caminhada.
domingo, 27 de março de 2011
DIA 28 - Síria - Autoridade no ensino e treinamento de cristãos
Interceda pelos cristãos envolvidos com os jovens, para que tenham autoridade no ensino e treinamento, diários ou semanais. Alguns líderes usam mensagens de texto em celular para encorajar os jovens quase que diariamente. Ore por resistência e por um verdadeiro amor cristão entre os jovens.
DIA 27 - Mianmar - Crescimento espiritual dos cristãos locais
O crescimento espiritual dos cristãos locais em Mianmar é dificultado pela falta de discipulado. A pobreza também sufoca a semente da Palavra de Deus nos corações dos novos convertidos. Interceda ao Senhor para que coloque paixão e visão nos corações e mentes dos pastores e líderes da Igreja, de maneira que busquem oportunidades para vencer essas dificuldades.
sábado, 26 de março de 2011
DIA 26 - Azerbaijão - Suprimento de necessidades no Azerbaijão
Ore para que o Senhor estabeleça meios de suprir as necessidades dos cristãos azerbaijanos com a literatura e o material de apoio de que eles tanto precisam.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Interceda por Mianmar
Mianmar ou Birmânia é o maior país do sudeste asiático. Ele é muito conhecido mundialmente como “terra dos templos” devido ao grande número de templos budistas espalhados pelo país e sua beleza. Oriundos dos povos mongóis, os birmanes (principal etnia de Mianmar) habita a região desde o século VII da era cristã. Os birmaneses introduziram o budismo como sua principal religião e desenvolveram uma escrita própria. De 1886 a 1948 os birmaneses foram colônia da Grã-Bretanha, durante este período de dominação estrangeira o budismo foi utilizado como mecanismo de defesa e resistência à cultura e religião dos colonizadores. Desde 1990 Mianmar é presidida por uma junta militar que reprime qualquer tipo de manifestação contrária ao governo. Em agosto de 2008 o país havia sofrido com um ciclone tropical (Nargis) que devastou o país e deixou mais de 100 mil mortes e cerca de um milhão de desabrigados, este foi considerado um dos maiores desastres naturais da história do país. Na noite desta quinta-feira, dia 24 de março de 2011, o Mianmar sofreu um terremoto de 6,8 na escala Richter, e muitos prédios e templos budistas ruíram após o forte tremor que atingiu também a Tailândia. Cultura & Religião O budismo tem importante influenciam na cultura, arte e costumes de Mianmar, a religião budista é também muito utilizada pelo atual governo como forma de controlar os cidadãos, este procura se perpetuar no poder através de alianças políticas com poderemos grupos budistas. Após o ciclone de 2008 muitas organizações humanitárias cristãs se dispuseram a ajudar as vitimas e por isso enfrentaram muita oposição do governo e de grupos budista que temiam algum tipo de proselitismo cristão. Oremos por mais essa difícil situação que o país enfrenta e para que a Igreja de Cristo seja forte e usada para levar consolo a amor aos birmaneses. Marcelo Peixoto - Historiador
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quinta-feira, 24 de março de 2011
Casal missionário na Ucrânia agradece pelo apoio de brasileiros
O casal de missionários na Ucrânia, Pr. Liubomyr e Nataliya Matveyv, responsável pela coordenação de obreiros da terra no Leste Europeu, esteve nessa terça-feira (22) no culto realizado na Sede da JMM, no Rio de Janeiro/RJ, acompanhado do filho Maximus. O pastor falou um pouco do trabalho realizado naquela região onde as pessoas são tão frias ao Evangelho quanto o clima local, que chega a registrar – 40 ºC no inverno.
Ele transmitiu aos batistas brasileiros o agradecimento dos obreiros da terra por suas orações que os ajudam a pregar o Evangelho, mesmo em meio a tantas dificuldades, como as barreiras impostas pela Igreja Ortodoxa na Ucrânia. O pastor lembrou que muitas vezes o trabalho realizado por lá parece lento, pois os frutos não são imediatos; às vezes há uma conversão por ano, o que representa 50 convertidos no Brasil.
Ele clama por novos missionários no Leste Europeu. “Muitas vezes ofertamos, trabalhamos na obra, porém nos esquecemos de pedir a Deus para que envie trabalhadores à seara. Temos que nos lembrar da passagem de Mateus 9.38, Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Muitas vezes a oração chega aonde o dinheiro não chega”, disse o pastor.
O missionário lembrou-se da ocasião em que foi visitar um pastor preso no Azerbaijão e ouviu dele que naquele momento o dinheiro não era necessário, mas que precisava muito das orações do povo de Deus.
E a oração também é o principal instrumento para que o coração do povo no Leste Europeu seja quebrantado. Um fruto dessa oração é a senhora Olga, que aos 70 anos decidiu ser uma missionária, contribuindo e intercedendo pela obra de evangelização mundial. Foi durante uma aula de missões ministrada pelo Pr. Liubomyr que ela, aos prantos, se dirigiu ao então professor lhe perguntando “como ninguém, durante os 50 anos em que estava na igreja, nunca havia lhe falado que poderia ser uma missionária?”.
No último dia de curso, aquela senhora procurou o Pr. Liubomyr para dizer-lhe que se comprometeria a sustentar a obra missionária com suas orações e também lhe entregou um envelope com sua contribuição financeira, um valor pequeno, mas de grande significado para ela e para o pastor que pode testemunhar o fruto de sua dedicação em levar a graça do Pai ao Leste Europeu.
Nesta quarta (23), a família missionária volta à Ucrânia após 2 meses de férias no Brasil, quando levaram seu testemunho a mais de 40 igrejas e participaram da Atualização Missionária.
Por Marcia Pinheiro
Fonte: JMM
DIA 25 - Ásia Central - Esposas e famílias de encarcerados
Lembre-se das esposas e das famílias dos homens encarcerados por conta de sua fé em Cristo. Que essas famílias possam experimentar o consolo e a provisão de Deus em tempos de necessidade.
Diretor da Portas Abertas alerta sobre o drama da perseguição religiosa
O tempo da tenebrosa Cortina de Ferro, conjunto de nações comunistas, vassalas da extinta União Soviética na opressão aos crentes em Jesus, já é passado. Contudo, novos “golias” se levantam em pleno século 21 contra a ação da Igreja. Um dos principais é o islamismo, crença que avança em todo o mundo, inclusive no Ocidente. A militância muçulmana, baseada em políticas de Estado no mundo árabe, representa a maior ameaça do momento ao Evangelho. Em países como Arábia Saudita, Iêmen e Irã, para citar apenas alguns, professar o cristianismo pode levar à morte. Mas a missão Portas Abertas tem feito tudo para não só encorajar e ajudar os cristãos que sofrem por sua fé, como também estimular os crentes que vivem no mundo livre a adotar essa causa como sua. A entidade internacional, fundada em 1955 pelo missionário holandês Anne van der Bijl – ou Irmão André, codinome adotado para mantê-lo no anonimato na época em que contrabandeava bíblias para o Leste Europeu –, é hoje o maior braço de apoio à Igreja Perseguida.
Há 13 anos na missão e um no cargo de secretário-geral, o pastor Carlos Alfredo de Sousa comanda o escritório brasileiro de Portas Abertas, em São Paulo. É uma equipe enxuta, bem de acordo com a filosofia da missão: empregar o máximo de recursos na atividade-fim e manter a transparência financeira e administrativa. “Temos mais de 5 mil projetos em andamento no mundo”, diz Alfredo. Membro da Igreja Aliança Cristã e Missionária do Aeroporto, casado, dois filhos, ele encontrou na missão uma maneira de atender ao chamado. “A Igreja brasileira é uma das mais dinâmicas no mundo e queremos que ela se envolva com o drama dos cristãos perseguidos. Esse é um privilégio e também um desafio que Deus nos entregou”, acredita. Carlos Alfredo recebeu CRISTIANISMO HOJE para esta entrevista:
CRISTIANISMO HOJE – Com o fim do comunismo, antigo fantasma da Igreja, qual é a grande ameaça à fé, hoje?
CARLOS ALFREDO – O Muro de Berlim caiu e o comunismo entrou em decadência. Mas, entre céticos e fanáticos religiosos, a perseguição tem crescido de forma alarmante em todo o mundo. O Instituto Pew Fórum publicou uma pesquisa que mostra que 70% da população mundial vive em locais onde existe algum tipo de limitação à liberdade religiosa. Países como o Brasil são uma minoria. E a tendência é que as restrições religiosas se tornem cada vez mais severas, mesmo que supostamente visem a defender a liberdade. Caso exemplar é o da França, que aprovou uma lei pela qual, em lugares públicos, não se pode ostentar símbolos religiosos, sejam eles quipás de judeus, véus de muçulmanos ou cruzes de cristãos. E isso está acontecendo em países onde, teoricamente, há toda a liberdade.
Portas Abertas não é uma missão convencional, que treina e envia obreiros para o campo. Como é o trabalho da organização?
Atuamos nos países e regiões onde existe perseguição, independentemente de qual seja seu motivo. Nosso trabalho é identificar os crentes locais, estabelecer formas de contato com eles, aferir suas necessidades e atendê-los com um objetivo: fortalecê-los em sua fé. Temos hoje cerca de 5 mil projetos em andamento, como distribuição de bíblias, treinamento de obreiros, fornecimento de microcrédito e iniciativas para geração de renda – já que, em muitos lugares, os cristãos são impedidos até de trabalhar –, entre outros. Procuramos também dar visibilidade internacional a casos de prisão e abusos contra cristãos em todo o mundo. Quando damos visibilidade a transgressões aos direitos humanos, a tendência é que a pressão, principalmente quando vem de governos, diminua. Nenhum governo quer ter problemas internacionais. Em dezembro, entregamos à ONU um manifesto intitulado Free to believe[“Liberdade para crer”], com mais de 500 mil assinaturas contra a Resolução da Difamação Religiosa.
Que resolução é essa?
A Organização da Conferência Islâmica, que congrega 57 países, tem apresentado sistematicamente na ONU um projeto que dá aos governos envolvidos o direito de dizer quais visões religiosas podem e quais não podem se expressar em seus países, bem como autoridade para o Estado punir aqueles que professem confissões “inaceitáveis”, de acordo com o que acreditam. Isso equivale a tornar a perseguição legal, criminalizando palavras e ações contrárias ou diferentes de uma opção religiosa particular – no caso, o islamismo. Se aprovado, esse instrumento também dará legitimidade internacional a leis nacionais que punem, por exemplo, a blasfêmia contra o Islã ou que proíbam críticas à religião majoritária. Com isso, minorias religiosas, não somente cristãs, passarão a sofrer muito mais pressão, especialmente, em países islâmicos.
Especialistas em ciências da religião preveem que, em menos de três décadas, a Europa se tornará majoritariamente muçulmana. A liberdade religiosa no Ocidente corre risco?
Basta andar por qualquer país europeu para se ver grandes grupos islâmicos, bairros inteiros. Isso ainda não é um dos maiores motivos de preocupação, pois a Igreja lá, apesar de decadente, ainda é livre. A diferença entre a Igreja perseguida e a Igreja da Europa é que aquela é muito mais ativa e está, inclusive, disposta a pagar o preço para ver seus conterrâneos convertidos a Cristo. As agências missionárias tradicionais devem atentar com mais carinho e cuidado para a Europa, que entregou-se ao secularismo. O que está acontecendo na Europa é um processo irreversível – o continente deixou de ser celeiro de missões para se tornar um campo missionário.
E no Brasil, o senhor enxerga algum movimento que possa contrapor-se à livre expressão de crença?
A curto e médio prazos, não vejo nenhuma ameaça à liberdade religiosa no Brasil, mesmo com a eventual aprovação do Projeto de Lei 122/06 [N.da Redação: a proposta institui, entre outras medidas, a condenação legal à chamada homofobia]. Mesmo que ele seja aprovado, a probabilidade de ser derrubado no Supremo Tribunal Federal é grande, pois é inconstitucional. Nosso país ainda é cristão – veja como as discussões sobre a legalização do aborto, que conta com a oposição ferrenha da maioria dos católicos e evangélicos, influenciaram tanto as últimas eleições.
Mas a restrição ao discurso evangélico contra a homossexualidade não representa uma ameaça ao trabalho dos pastores e das igrejas?
A questão mais grave não é essa. Independentemente da aprovação ou não, o problema é que a sociedade brasileira já está se posicionando na defesa e na simpatia ao homossexualismo. Na mídia, você já percebe a valorização do comportamento homossexual. De agora em diante, mesmo que não leve a uma prisão ou ao fechamento de uma igreja, qualquer posição contrária ao homossexualismo já será duramente questionada. A Igreja deve se posicionar contra todo pecado, independentemente de qual seja, se homossexualismo ou corrupção – e não, classificá-lo. A Igreja perseguida nos dá um bom exemplo dessa estratégia. Num país onde existe perseguição, é necessário se posicionar como cristão. Não há meio termo.
Processos de revolução social e econômica geralmente antecedem momentos de grande mudança espiritual, como aconteceu no Reino Unido no século 18 e, mais recentemente, no Leste Europeu. Na sua opinião, a China passa por situação semelhante hoje?
Nesses próximos anos, se houver algum movimento social que possa trazer uma mudança para a Igreja, um avivamento, acredito que acontecerá na China. Aquele país vive um período de transformações, com a abertura econômica, mas ainda mantendo um forte controle político e social pelo Estado. As igrejas de lá ainda sofrem muito, mas o processo já tem trazido alívio a muitas delas, principalmente nas grandes cidades. Por outro lado, também temo, pois a Igreja, quando consegue a liberdade, tende a ser mais acomodada. Na China mesmo, muitos jovens cristãos estão deixando o interior para ir ganhar dinheiro nas metrópoles. Esse novo estilo de vida atrai a juventude, e a tendência é de os valores cristãos ficarem em segundo plano. Parece contraditório, mas a liberdade muitas vezes mais prejudica a Igreja do que a ajuda.
O governo brasileiro acaba de reconhecer a legitimidade de um futuro Estado palestino. Se essa nação de fato for implantada, o que mudaria em relação ao cristianismo na região?
A decisão representa um apoio importante para uma população necessitada, e para se reparar uma injustiça histórica. Mas, na prática, não muda muita coisa, por causa do peso do Brasil. Se fossem os Estados Unidos, seria outra dimensão. A situação na região é complicada e isso, por si só, dificulta muito o trabalho missionário. Quando estive por lá, conversei com cristãos palestinos e judeus messiânicos, ou seja, crentes em Jesus dos dois lados do conflito. Há uma enorme dificuldade em trabalhar a reconciliação entre esses dois grupos. O judeu messiânico resiste a se relacionar com o cristão palestino. Ambos os lados têm suas posições em relação à terra e seus sentimentos de dor; acompanharam de perto os acordos e resoluções nos últimos anos, mas sabem que apenas Cristo pode trazer a paz definitiva àquela região. A Igreja brasileira tende a ser mais sionista, apoiando Israel, mas sem conhecer o contexto. O Israel de hoje é secularizado, não sabe quem é Deus e não o busca. Apenas uma minoria é religiosa. Em relação à presença missionária brasileira, no lado palestino, somos muito bem recebidos. Eles nos amam. Seria muito bom que os grupos de cristãos brasileiros que visitam Israel tirassem um tempo para estar entre seus irmãos palestinos. No Brasil, temos um potencial enorme e estamos nos estruturando para aproveitá-lo. Nos próximos 15 anos, queremos ter 1 milhão de brasileiros engajados na causa da Igreja perseguida – não apenas contribuindo, mas orando, escrevendo cartas, visitando, enfim, agindo de alguma forma em favor dos seus irmãos que têm os mais básicos direitos negados devido à fé que professam.
O senhor acredita que é possível despertar a Igreja do mundo livre para as necessidades dos crentes que sofrem perseguição?
Costumo dizer que, quando a Igreja preocupa-se com missões, geralmente se lembra de dois personagens: o missionário ou o perdido. Mas, nessa temática, não se fala sobre o que acontece quando esse perdido se converte. Uma coisa é se converter no Brasil; outra, é aceitar o Evangelho no Oriente Médio, no norte da África ou no sul da Ásia. A Igreja Perseguida precisa ser incluída, urgentemente, na pauta missionária. Não se pode olhar para as nações unicamente como povos não alcançados. Tudo bem que há muitos lugares para os quais precisamos enviar missionários; mas também há países e regiões em que isso é impossível. Lá, existem igrejas locais que precisam ser fortalecidas.
Missões de origem internacional estão enfrentando dificuldade para captar recursos e manter suas atividades no Brasil. Como Portas Abertas tem enfrentado essa crise?
Acho que o grande problema das outras missões é que ficaram por demais dependentes, esperando recursos de fora. Desde o começo, Portas Abertas Brasil nunca dependeu de recursos externos. Fomos aprimorando nossa forma de trabalho no Brasil, e isso deu confiabilidade à organização. Temos auditorias interna e externa, há prestação de contas. Mesmo com sua origem estrangeira, a missão tornou-se uma parceira brasileira, por respeitar e trabalhar com a Igreja nacional. A contribuição financeira do Brasil no orçamento mundial de Portas Abertas tem aumentado gradativamente. Em 2011, devemos ficar entre as seis bases que mais contribuem para os projetos de campo, ficando atrás de países ricos como Holanda, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, e em patamar semelhante ao da França.
O governo brasileiro já sinalizou que pretende exercer maior controle sobre as instituições do Terceiro Setor. Isso pode prejudicar as missões evangélicas?
Qualquer organização do Terceiro Setor deve ser muito transparente. Isso é um princípio básico, que, se não for respeitado, fará com que as fontes de financiamento se fechem. As modernas fundações, por lei, já são preparadas para auditar quanto entra e o que é feito de seus recursos. Uma minoria de igrejas e entidades evangélicas presta contas, divulga quanto arrecadou e em que gastou para os fiéis. Isso é um processo de aprendizado. Mas, quem não deve, não teme. Nossa única preocupação é continuar mandando recursos com isenção do Imposto de Renda. Se o governo quiser tributar 15% da arrecadação das entidades, será um valor elevado.
Hoje, com as modernas tecnologias de informação e transmissão de dados, o contrabando de Bíblias em papel, que deu origem à missão, ainda é vantajoso?
Desde a época do cassete, como muita gente nas regiões que atendemos não sabe ler, já gravávamos e distribuíamos textos sagrados em fitas para gravador. Hoje, muitas pessoas em países fechados já leem as Escrituras através de microchips. Portas Abertas está atenta às novas mídias, usando-as principalmente em favor do público mais jovem. Mas, não tem jeito – em muitos lugares, o papel ainda é a única mídia disponível. E continuaremos, durante anos, contrabandeando o bom e velho livro de capa preta.
Fonte: Cristianismo Hoje
quarta-feira, 23 de março de 2011
DIA 24 - Mauritânia (13º) - Pobreza e dificuldade
A maioria dos cristãos mauritanos é muito pobre e a situação é difícil, mas pode ser uma oportunidade para buscar comunhão profunda com Jesus. Ore por um grande testemunho de esperança e fé de nossos irmãos e irmãs na Mauritânia.
terça-feira, 22 de março de 2011
Entenda as revoltas no Iêmen
As revoltas que tem derrubado as ditaduras nos países árabes não estão acontecendo por acaso. As ditaduras sustentadas há mais de 30 anos no Oriente Médio e apoiadas por países do Ocidente são frutos de diversos fatores políticos e econômicos, a maioria dos países árabes passaram por um domínio neocolonial encabeçado por grandes potencias europeias. A forma que essas potencias encontraram de continuarem lucrando com o petróleo desses países após sua independência, foi o estabelecimento de ditaduras, além do mais havia o medo de a União Soviética se aproveitar do cenário político na época e estabelecer ali Estados comunistas. O Iêmen é um desses países árabes nos quais essas revoltas tem ocorrido. Este país era divido ao meio em República Árabe do Iémen ou Iêmen do norte (dominado pelo Império Otomano) e República Democrática do Iémen ou Iêmen do Sul (dominado pela Grã-Bretanha). Em 1918 o norte tornara-se independente do Império Otamano e em 1967 o sul dos britânicos, mas a unificação politica de ambos os territórios só ocorreu em 1990. Atualmente cerca de 99,9% de sua população é muçulmana (o Islamismo é a religião oficial do país), e sua economia é predominantemente rural. O Iêmen é considerado o país mais pobre do Oriente Médio. As recentes revoltas no Iêmen tiveram inicio no dia 12 de fevereiro de 2011, quando milhares de pessoas foram às ruas pedir a renuncia de seu atual presidente Ali Abdullah Saleh que está no poder desde 1978. As tradições tribais e as disputas em grupos sunitas e xiitas foram e são agravantes nas revoltas e guerras ocorridas no Iêmen. Após á renuncia de Hosni Mubarak no Egito, as manifestações se intensificaram e a população quer a qualquer custo a renuncia de Saleh antes de 2013 ultimo ano de seu atual mandato. Segundo o site de noticias UOL Saleh alega que a tentativa de um golpe de estado contra seu governo pode gerar uma grande guerra civil, muitos países do mundo árabe como Síria, Arábia Saudita e Jordânia retiraram seu apoio ao governo de Saleh. A constituição do Iêmen tem o Islamismo por religião oficial, a evangelização de muçulmanos é proibida e a apostasia um crime passível de morte. Temos que orar para que esse atual cenário político possa gerar maior abertura ao evangelho, não só no Iêmen, mas em outros países como Líbia, Egito e Tunísia. Marcelo Peixoto
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DIA 23 - Líbano - TV cristã e programas do Líbano
Interceda pela TV cristã e pelos programas veiculados nesse país. Ore também para que as pessoas que trabalham nessas estações de televisão possam ser abençoadas e capacitadas para prosseguir semeando a palavra de Deus.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Missionária fala do trabalho de assistência a cegos na Índia
Amados amigos, parceiros, mantenedores, intercessores e irmãos no Senhor Jesus,
Como estão vocês?
Como estão vocês?
Meu abraço especial para todos os amigos e irmãos que estiveram esses dias no acampamento em Campina Grande, gostaria muito de estar com vocês recebendo mais do Senhor e vivendo essa comunhão maravilhosa.
“Este é o ano que o Senhor estará abrindo caminhos para todos. Você não precisar ver, mas Ele está abrindo caminhos e portas para os Seus filhos”.
Esta é a mensagem que quero dar para vocês neste início do ano, ELE IRÁ FAZER CAMINHOS PARA NÓS. Queridos, mesmo com uma cirurgia que precisei fazer, não vamos parar nossos trabalhos, desde janeiro começamos a manter os cegos com arroz, um total de 1500 cegos estão sendo assistenciados.
Estamos doando 2 toneladas de arroz. Pretendo repousar por apenas um mês, mesmo assim estarei dando suporte aos trabalhos normalmente, não podemos parar diante de tantas necessidades.
Meus amados irmãos, Jesus está voltando e é desejo do Seu coração nos dar neste tempo o melhor desta terra para que suas promessas se cumpram em nossa vida . Veja a tradução deste hino: “God Will make a way” (Deus fará um caminho).
Deus fará um caminho onde parece não haver nenhuma maneira.
Ele trabalha em maneiras que não podemos ver.
Ele fará um caminho para mim.
Ele será a minha orientação me segurar perto de seu lado
Com o amor e força para cada novo dia.
Ele fará um caminho
Ele fará um caminho
Por um caminho de estrada no deserto
Ele vai me levar a rios no deserto eu verei,
o céu e a Terra passarão, mas Sua palavra permanecerá e Ele fará algo novo hoje.
Ele trabalha em maneiras que não podemos ver.
Ele fará um caminho para mim.
Ele será a minha orientação me segurar perto de seu lado
Com o amor e força para cada novo dia.
Ele fará um caminho
Ele fará um caminho
Por um caminho de estrada no deserto
Ele vai me levar a rios no deserto eu verei,
o céu e a Terra passarão, mas Sua palavra permanecerá e Ele fará algo novo hoje.
Que Deus continue abençoando todos vocês
No Amor de Jesus Cristo,
No Amor de Jesus Cristo,
Missionária Selly Fonseca
Fonte: Verbo da Vida
DIA 22 - Chechênia - Sal e Luz na Chechênia
Ore para que os cristãos no país possam ser vistos com bons olhos pelo povo checheno e pelas autoridades e, para que muitos corações estejam abertos para a mensagem de Cristo.
Sua oração é importante!!!
Sua oração é importante!!!
Igrejas ajudam sobreviventes do tsunami no Japão
Três dias depois que um tsunami arrasou a prefeitura de Miyagido, no Japão, o missionário norte-americano, Phillip Foxwell, dirigia um caminhão na zona do desastre para acessar o dano. Tendo crescido no Japão, Foxwell tinha amigos de infância entre os residentes locais - a quem temia que tivessem morrido.
Enquanto inspecionava a devastação, ele pegou um fragmento de uma placa. No pedaço de madeira, ele viu os personagens, `Shu Wa Waga` (O Senhor é meu), e imaginou que a placa seria lida em sua totalidade, "O Senhor é o meu caminho."
"Você sabe que o Japão não tem um monte de referências bíblicas de qualquer tipo," disse ele em depoimento postado no YouTube. "Eu nem sei como essa [placa], me chamou a atenção".
A maioria dos japoneses se identifica como budistas ou xintoístas, enquanto que apenas 1,5% da população total do país é considerada cristã.
Alcance Cristão no Japão
Os cristãos começaram a mobilização ao lado de organizações não-governamentais e entidades governamentais para levar ajuda aos sobreviventes.
Um desses grupos inclui CRASH (Ajuda Humanitária Cristão, Assistência, Apoio e Esperança), que tem coordenado o trabalho de ajuda humanitária entre Igrejas japonesas. A organização trabalha em estreita colaboração com a Aliança Evangélica Japão (JEA) e os japoneses da Associação Evangélica Missionária (JEMA).
"A CRASH é uma rede de ajuda humanitária exemplar sem paralelo no Japão. Nenhuma outra instituição é capaz de avaliar as necessidades em solo e, em seguida, tomar medidas para satisfazer essas necessidades," disse o presidente JEMA Dale Little.
"A eficácia da ajuda humanitária inclui ligação estreita com as Igrejas locais no Japão".
Desde quinta-feira, as equipes do CRASH tinham estabelecido o seu primeiro acampamento de base em uma creche na cidade de Sendai, capital da província de Miyagi. As rotas que as equipes terão que tomar serão dentro de 40 quilômetros dos reatores nucleares atingidos, de acordo com a CRASH.
“A agência planeja mover dois containers cheios de bastante arroz e produtos de soja suficientes para fazer mais de 500 mil refeições. No entanto, tais doações exigem recursos significativos para distribuir os alimentos”, revelou o porta-voz da agência.
Além de abordar as necessidades físicas, coordenadores da CRASH expressaram o desejo de ver cumprido o trabalho espiritual no Japão.
Chegando à zona de desastre, Phillip Foxwell ficou aliviado ao descobrir rostos familiares entre os sobreviventes. "Muitos dos meus vizinhos são como as tias e tios para mim," disse Foxwell. "Eu estava esperando para descobrir que 25 dos meus amigos próximos haviam morrido, mas eu os achei todos sentados juntos em um abrigo."
Ele concluiu que "houve mais abraços e emoção do que eu já havia experimentado no Japão. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida".
Fonte: Christian Post
domingo, 20 de março de 2011
DIA 21 - Afeganistão - Ano Novo persa (Nawruz)
O Ano Novo persa (Nawruz) é dia 21 de março. Ore para que a Igreja no Afeganistão se torne profundamente arraigada na Palavra de Deus. Lembre-se particularmente dos programas cristãos de rádio e TV, que levam a verdade bíblica aos crentes e a muitas outras pessoas interessadas na mensagem de Jesus.
Missionários relatam experiências de conversão
Em visita ao Brasil, o casal missionário que atua no Sul da Ásia, Dawei e Mali, falou um pouco sobre a experiência de levar a graça do Pai a uma região cujo número de muçulmanos chega a 70% da população.
Recentemente, a família missionária saiu de uma localidade considerada rica diante das mais pobres, onde a base da economia é agrária e a entrada de drogas é intensa.
Com uma grande diversidade étnica e de dialetos, a região é considerada um desafio. O objetivo dos missionários é mapear todas as suas vilas e levar o Evangelho a lugares de difícil acesso.
Um dos investimentos da família missionária é a capacitação de obreiros locais. E esse trabalho já rende resultados, principalmente entre as mulheres.
Uma jovem, por exemplo, foi evangelizar em uma vila na montanha e foi desafiada pelo líder local. Em tom de ironia, ele disse que ela só poderia permanecer por lá, caso o “seu” Deus fizesse chover naquela região castigada pela seca. A moça não pensou duas vezes e orou, pedindo que Deus mandasse a chuva que melhoraria as condições de vida daquela comunidade. O Senhor mais uma vez manifestou o seu poder e a chuva caiu no mesmo dia. A jovem ganhou a confiança da população e hoje tem liberdade para evangelizar, inclusive, oferecendo discipulado a duas ex-muçulmanas convertidas ao cristianismo.
Os missionários tentam amenizar um grande problema da região, que é a seca, através da abertura de poços. Eles já receberam a doação de um equipamento manual de perfuração, com autorização do governo estadual. O Pr. Dawei acredita que há salvação ao redor dos poços, assim como houve para a Mulher Samaritana, que recebeu Água da Vida oferecida pelo próprio Senhor Jesus, conforme relata a passagem de João 4.
Fonte: JMM
Dia 20 - Tadjiquistão - Sabedoria para igreja tdjique
Em várias regiões do país, a influência do islã é muito forte. Os cristãos na região de Gharm pedem orações porque têm sofrido muita oposição e agressões. Ore para que a Igreja nessa região seja sábia e corajosa.
sábado, 19 de março de 2011
Cristãos Secretos
MUNDO MUÇULMANO - “É sabido que pelo menos metade de todos os muçulmanos que se convertem voltam para o islamismo. A solidão e a pressão da família e da comunidade e dos grupos islâmicos são simplesmente grandes demais... Eles são, em toda parte, intimidados e pressionados a voltar para o islamismo.” A citação acima é do livro do Irmão André escrito com Al Janssen, "Cristãos Secretos". O tema da Missão Portas Abertas para o ano de 2011 é: “Encontros com os Cristãos Secretos”. Mas existem cristãos secretos? Se existem, por quê? O que leva um novo convertido a não declarar publicamente sua nova fé em países do chamado “mundo muçulmano”? Quero apresentar aqui uma das razões para isso. A citação acima retirada do livro Cristãos Secretos trás a nós um pouco da realidade vivida por novos convertidos do islamismo para o cristianismo em muitos países do norte da África, Oriente Médio e Ásia Central. Os laços familiares e comunitários são muito fortes nessas sociedades, especialmente nos países onde esses laços foram construídos e consolidados historicamente através da religião. Negar a fé islâmica não significa apenas deixar de ler o Alcorão (livro sagrado do Islamismo), de rezar cinco vezes por dia ou parar de frequentar a mesquita, mas significa também envergonhar a família diante da sociedade. Isso automaticamente destruirá relações as familiares e comunitárias. É importante entender que antropologicamente falando, a família é a principal detentora dos princípios e deveres da fé, que é através de uma família bem estruturada e saudável que se pode construir uma comunidade e sociedade saudáveis. Segundo algumas passagens do Alcorão, quando um muçulmano constitui uma família, ele está cumprindo metade do seu dever religioso para com Deus, isso ressalta a importância do núcleo familiar. Para muitos de nós do mundo ocidental, as relações íntimas, profundas e morais da comunidade foram substituídas por relações impessoais, formais e utilitárias da sociedade de massas, ou seja, aquilo que faço de bom ou de ruim não necessariamente trará benefícios ou prejuízos para a minha família ou comunidade. Nas sociedades orientais ocorre o oposto disso, principalmente nos países predominantemente islâmicos, onde o conceito de comunidade está firmado acima de tudo na religião, conforme afirma o Dr Hammudah Abdalati (mestre em Estudos Islâmicos pela Universidade McGill e doutor em Sociologia pela Universidade de Princeton): “A base da comunidade no islã é o principio que designa a submissão voluntária à vontade de Deus, a obediência em Sua Lei, e o empenho na sua causa. Em resumo, uma Comunidade Islâmica só existe, quando alimentada e sustentada pela filosofia islâmica” (O Islam em Foco; 2010, p. 70). O indivíduo numa sociedade muçulmana é criado e disciplinado nos princípios religiosos e não deve agir segundo suas própria convicções, mas segundo o conceito religioso de comunidade. Cada ato seu trará conseqüências para a sua família, comunidade e para a própria religião, como explica Abdalati: “O que se exige da Comunidade (Islâmica) no seu conjunto, exige-se igualmente de cada membro dela” (2010, p. 71). E é por isto que um muçulmano que se converte sofre tanta perseguição, a começar pela sua própria casa. Nós que vivemos em países laicos temos plena liberdade de mudar de religião quando quisermos sem que isso traga consequências para a nossa família e comunidade, o que faço ou deixo de fazer (desde que não infrinja as leis) não diz respeito a ninguém. Assim, é fácil perceber uma das razões pelas quais existem cristãos que praticam sua fé secretamente em alguns países do mundo muçulmano, pois, expor isso à comunidade ou a família trará consequências dolorosas como a quebra de vínculos afetivos, a rejeição de vizinhos e amigos e o isolamento social. Marcelo Peixoto - Historiador
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DIA 19 - China - Intercessão para novos projetos
Interceda por uma transição tranquila para o novo gerenciamento de projeto e de sistema de prestação de contas da Portas Abertas. Temos esperança de que isto aprimorará e fortalecerá o nosso ministério com a Igreja Perseguida na China, assim como as nossas prestações de contas aos nossos parceiros e mantenedores.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Dia 18 - Marrocos (31º) - Autoridades contra a fé cristã
As autoridades locais são abertamente contra a fé cristã dos nossos irmãos e irmãs marroquinos e a polícia secreta tenta prender os líderes, fazendo-lhes perguntas sobre o cristianismo. A tentativa de prisão é para acabar com a divulgação da mensagem do evangelho. Ore por sabedoria e por um grande avivamento entre o povo marroquino.
CRISTÃOS PERSEGUIDOS
Diante disso, não podemos nos omitir. O mínimo que podemos fazer por eles é interceder e apresentar a vida deles a Deus para que tenham força e continuem perseverando.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Console uma mãe em luto
Tadelu Dimbasha sofre hoje as consequências de uma difícil escolha feita assim que se casou. Cristã por criação, Tadelu se converteu ao islamismo quando se casou com um homem muçulmano. O casamento terminou em divórcio e, depois disso, Tadelu voltou a professar a fé cristã.
Essa mulher etíope, entretanto, enfrentou um grande problema: sua filha Nura deveria ser criada como muçulmana, porque as crianças em seu país são criadas na religião do pai, e não na religião da mãe.
Nura foi criada por uma tia muçulmana, mas um dia foi convidada a participar de um culto cristão e se converteu. Para sua segurança, manteve sua escolha em segredo.
Casamento com muçulmano
Um muçulmano começou a demonstrar interesse por Nura, querendo se casar com ela. Nura não concordava com essa situação porque se considerava muito jovem para se casar e não se casaria com alguém de uma religião diferente.
Sua mãe, Tadelu, conta: “Dia 2 de junho, saímos para trabalhar juntas, Nura e eu. No final da tarde, ela me disse que iria sair mais cedo. No caminho de volta, foi abordada por aquele homem que queria se casar com ela. Ele a levou embora e a feriu”.
Mais tarde, um motorista de transporte público viu alguém caído na rua, e um dos passageiros reconheceu Nura. Ele rapidamente chamou a mãe, Tadelu.
Quando Tadelu chegou, percebeu que a filha estava gravemente ferida. “Coloquei sua cabeça em meu colo. Ela estava muito fraca. Quando lhe perguntei quem havia feito aquilo, ela não respondeu. Esperava que ela se recuperasse, mas, antes de chegarmos à clínica, minha filha morreu.”
Após a morte de Nura, representantes da Portas Abertas fizeram uma visita a Tadelu, que ainda está muito abalada. A maneira como Nura foi morta chocou a todos os cristãos da cidade de Bambasi, onde Tadelu vive.
Por isso a Portas Abertas incentiva seus parceiros de todo o mundo a enviar palavras de apoio e consolo a essa mãe em luto.
A campanha de cartas
É extremamente importante que você siga as orientações abaixo. Qualquer correspondência que fugir às regras será descartada.
• Não mencione a Missão Portas Abertas.
• Envie cartas, cartão ou cartão-postal com um ou dois versículos, ou um pequeno texto, apenas em inglês. Veja modelos aqui.
• Se for enviar um cartão-postal, não coloque seu endereço. Seu nome e país são suficientes.
• Os cristãos sempre gostam de receber desenhos infantis. Se você for encorajar seus filhos ou crianças de sua igreja a desenhar, tenha certeza de que os desenhos não fazem alusão à violência. Desenhos desse tipo não serão enviados.
• Não mande dinheiro no envelope. Se quiser ajudar, entre em contato conosco.
Essa mulher etíope, entretanto, enfrentou um grande problema: sua filha Nura deveria ser criada como muçulmana, porque as crianças em seu país são criadas na religião do pai, e não na religião da mãe.
Nura foi criada por uma tia muçulmana, mas um dia foi convidada a participar de um culto cristão e se converteu. Para sua segurança, manteve sua escolha em segredo.
Casamento com muçulmano
Um muçulmano começou a demonstrar interesse por Nura, querendo se casar com ela. Nura não concordava com essa situação porque se considerava muito jovem para se casar e não se casaria com alguém de uma religião diferente.
Sua mãe, Tadelu, conta: “Dia 2 de junho, saímos para trabalhar juntas, Nura e eu. No final da tarde, ela me disse que iria sair mais cedo. No caminho de volta, foi abordada por aquele homem que queria se casar com ela. Ele a levou embora e a feriu”.
Mais tarde, um motorista de transporte público viu alguém caído na rua, e um dos passageiros reconheceu Nura. Ele rapidamente chamou a mãe, Tadelu.
Quando Tadelu chegou, percebeu que a filha estava gravemente ferida. “Coloquei sua cabeça em meu colo. Ela estava muito fraca. Quando lhe perguntei quem havia feito aquilo, ela não respondeu. Esperava que ela se recuperasse, mas, antes de chegarmos à clínica, minha filha morreu.”
Após a morte de Nura, representantes da Portas Abertas fizeram uma visita a Tadelu, que ainda está muito abalada. A maneira como Nura foi morta chocou a todos os cristãos da cidade de Bambasi, onde Tadelu vive.
Por isso a Portas Abertas incentiva seus parceiros de todo o mundo a enviar palavras de apoio e consolo a essa mãe em luto.
A campanha de cartas
É extremamente importante que você siga as orientações abaixo. Qualquer correspondência que fugir às regras será descartada.
• Não mencione a Missão Portas Abertas.
• Envie cartas, cartão ou cartão-postal com um ou dois versículos, ou um pequeno texto, apenas em inglês. Veja modelos aqui.
• Se for enviar um cartão-postal, não coloque seu endereço. Seu nome e país são suficientes.
• Os cristãos sempre gostam de receber desenhos infantis. Se você for encorajar seus filhos ou crianças de sua igreja a desenhar, tenha certeza de que os desenhos não fazem alusão à violência. Desenhos desse tipo não serão enviados.
• Não mande dinheiro no envelope. Se quiser ajudar, entre em contato conosco.
DIA 17 Índia (32º) - Cristãos de Gujarat
Lembre-se dos cristãos que foram atacados em Dahod, no estado de Gujarat; outros também foram falsamente acusados e presos. Ore para que a Igreja no local permaneça unida e enfrente esta tribulação dando um bom testemunho.
terça-feira, 15 de março de 2011
Conselho de Direitos Humanos da ONU faz sessão sobre minorias
Os países-membros do Conselho de Direitos Humanos estão reunidos hoje (15) em sua sede, em Genebra, para analisar a situação de minorias em várias partes do mundo. Num relatório, apresentado pela alta comissária do órgão, Navi Pillay, especialistas sugerem que a causa de muitos conflitos internos que acabam se transformando em guerras regionais e internacionais está na violação dos direitos de minorias. E cita a minoria cristã.
Um dos debates sobre o direito das minorias é a liberdade de culto. O órgão diz que a proteção da existência de fieis que pertencem a grupos religiosos minoritários se dá também através da preservação de sua herança cultural, como igrejas, mesquitas, sinagogas e outros templos. O documento também cita o direito, que cada cidadão tem, de utilizar sua língua materna.
O tema das minorias é um dos assuntos da sessão anual do Conselho de Direitos Humanos, que começou no fim de fevereiro, e já tratou de vários tópicos, como por exemplo, a tortura.
Declaração brasileira sobre liberdade religiosa
Semana passada a missão brasileira na ONU fez feira uma declaração enfática, condenando a intolerância religiosa no mundo.
A declaração oficial, lida na sessão principal do dia no Conselho de Direitos Humanos e obtida pelo site de VEJA, diz: “O Brasil deplora veementemente todas as ações de discriminação e incitação ao ódio religioso que vêm ocorrendo em várias partes do mundo. Muitas vidas inocentes foram perdidas por causa da intolerância e da ignorância”.
O documento afirma que o Brasil está preocupado com a situação dos seguidores de certas religiões que são alvos de discriminação em diversas partes do mundo, como as crenças de origem africana e a fé Bahai, um dos maiores grupos não muçulmanos, perseguido no Irã. “O Brasil reitera seu compromisso de assegurar uma sociedade plural, tolerante e livre. A liberdade de religião e de crenças é um direito fundamental garantido pela Constituição do país”.
Fonte de acréscimos: Veja
Um dos debates sobre o direito das minorias é a liberdade de culto. O órgão diz que a proteção da existência de fieis que pertencem a grupos religiosos minoritários se dá também através da preservação de sua herança cultural, como igrejas, mesquitas, sinagogas e outros templos. O documento também cita o direito, que cada cidadão tem, de utilizar sua língua materna.
O tema das minorias é um dos assuntos da sessão anual do Conselho de Direitos Humanos, que começou no fim de fevereiro, e já tratou de vários tópicos, como por exemplo, a tortura.
Declaração brasileira sobre liberdade religiosa
Semana passada a missão brasileira na ONU fez feira uma declaração enfática, condenando a intolerância religiosa no mundo.
A declaração oficial, lida na sessão principal do dia no Conselho de Direitos Humanos e obtida pelo site de VEJA, diz: “O Brasil deplora veementemente todas as ações de discriminação e incitação ao ódio religioso que vêm ocorrendo em várias partes do mundo. Muitas vidas inocentes foram perdidas por causa da intolerância e da ignorância”.
O documento afirma que o Brasil está preocupado com a situação dos seguidores de certas religiões que são alvos de discriminação em diversas partes do mundo, como as crenças de origem africana e a fé Bahai, um dos maiores grupos não muçulmanos, perseguido no Irã. “O Brasil reitera seu compromisso de assegurar uma sociedade plural, tolerante e livre. A liberdade de religião e de crenças é um direito fundamental garantido pela Constituição do país”.
Fonte de acréscimos: Veja
Fonte: Rádio ONU |
DIA 16 - Malásia/Russia - Congregação aos novos convertidos locais
Os novos convertidos na Malásia ficam isolados e sem assistência, com pouca chance de crescer espiritualmente. Por causa disso, sucumbem facilmente às pressões religiosas e ao desânimo. Ore para que esses novos convertidos congreguem em alguma igreja ou conheçam cristãos mais maduros, que desejem lhes ensinar os fundamentos bíblicos.
segunda-feira, 14 de março de 2011
DIA 15 - Laos - Liderança jovem - continuidade ao ministério
A Igreja no Laos precisa urgentemente de lideranças jovens que desejem tomar a frente e dar continuidade ao ministério. Os seminários bíblicos não têm permissão para funcionar no país e os cristãos consagrados precisam buscar preparo teológico fora. Interceda para que o chamado do Senhor recaia sobre a próxima geração de crentes e para que pastores e mestres sejam levantados entre eles.
Revolução no Oriente Médio: a caixa de pandora da minoria cristã? - Parte 1
Quando o Presidente Ben Ali deixou a Tunísia, após uma revolta popular de uns poucos dias, a notícia se espalhou como um fogaréu por todo o Oriente Médio: governos impopulares podem ser derrubados. Muitos dos que ocupavam o poder ficaram imaginando o que viria a seguir, e não apenas os que estavam no poder. O Oriente Médio é o lar de uma minoria cristã de mais de 14 milhões de pessoas, a maior parte vivendo sob restrições severas, quando não debaixo de perseguição explícita. O que uma revolução política significa para estas pessoas?
Segue a análise de um observador regional de Portas Abertas.
Tunísia
O cristianismo histórico basicamente desapareceu da Tunísia há muitos séculos. Permaneceu apenas um pequeno remanescente de católicos romanos com vínculos com o passado colonial do país. Apenas recentemente o interesse dos tunisianos pelo cristianismo aflorou, da parte de pessoas com origens no islã. Ministérios cristãos de longo alcance, via internet ou TV por satélite, relatam um aumento impressionante do número de retornos e de respostas pela rede, vindos da Tunísia. Apesar disso, o número de tunisianos que, na verdade, mudou de opção religiosa do islã para o cristianismo tem sido modesto: estima-se que entre 1.000 e 1.500 convertidos.
Todavia, o regime de Bem Ali impôs um fardo pesado sobre essa minúscula comunidade. Os convertidos eram interrogados e submetidos a pressões para desistir de sua fé cristã. A importação de material cristão, ainda que em número reduzido, não era permitida. Por todo o ano de 2010, até os turistas que viajavam com livros de conteúdo cristão tinham seus pertences confiscados, quando os agentes alfandegários detectavam qualquer vestígio de cristianismo neles.
A Tunísia tem uma população muito jovem, que geralmente não se sente atraída pelo islamismo radical. Liberdade de expressão e empregos é o que os jovens querem. Foi isso que iniciou a revolução na Tunísia. Na medida em que será a juventude quem vai determinar o futuro governo da Tunísia, pode haver esperança para a minoria cristã, como o respeito aos direitos das minorias: quaisquer que sejam elas – de gênero, opção sexual, filiação religiosa –poderão ser respeitadas. Felizmente, os islamitas não são fortes na Tunísia e Como resultado, a minoria cristã na Tunísia sonha com um futuro mais luminoso em prazo muito curto.
Egito
O Egito e a Tunísia podem ter duas coisas em comum: uma população jovem e insatisfeita e uma ditadura que durou décadas, mas fica por aí. Enquanto a Tunísia tem uma população relativamente pequena (10 milhões), o Egito tem a maior população árabe do mundo, mais de 80 milhões – cerca de 2,5 vezes o tamanho do segundo maior país de fala árabe.
Enquanto os fundamentalistas islâmicos são um grupo minoritário na Tunísia, a Fraternidade Muçulmana é de longe a maior, e possivelmente a única, oposição organizada no Egito. E existe a minoria cristã, praticamente inexistente na Tunísia, mas que no Egito são 10 milhões de pessoas. Na verdade, 2/3 de todos os cristãos do Mundo Árabe – desde a Mauritânia, no extremo oeste da África, até o Iraque, no leste – vivem no Egito.
A ditadura de Mubarak controlava a Igreja. Nas últimas três décadas, as igrejas tiveram permissão para existir, mas era apenas isso. Acesso restrito à mídia, nenhum direito de proclamar o evangelho fora de quatro paredes, restrições extremas quando se tratava da construção de novas igrejas (em bairros novos das cidades, por exemplo) ou simples reformas de templos eram apenas alguns dos problemas na era Mubarak. Entretanto, os cristãos tinham permissão de dirigir suas próprias atividades, imprimir e distribuir Bíblias e materiais cristãos em seus templos e entre seus fiéis, e também podiam ter algum acesso à comunidade cristã fora do Egito.
A única comunidade de crentes severamente reprimida no Egito, e não autorizada à existência, são os crentes com passado muçulmano. Um número desconhecido de pessoas nascidas em berço islâmico escolheu seguir a Cristo, mas não têm sido autorizadas a fazê-lo legalmente. A carteira de identidade egípcia contém a religião da pessoa e, para mudar a religião no documento de identidade, há uma direção de mão única, ou seja: cristãos podem mudar sua identidade para o Islã, mas é impossível mudar do islã para o cristianismo. Este é um problema generalizado no mundo islâmico.
A revolução da Praça Tahrir foi saudada com efusão por muitos líderes de igrejas protestantes do Egito, pois eles acreditam que haverá mais democracia e mais respeito pela liberdade religiosa. No domingo, 6 de fevereiro, três líderes de igrejas protestantes visitaram a Praça Tahrir, pregaram a Palavra e até fizeram parte do noticiário da Al Jazeera.
Apesar disso, a grande pergunta é: o que acontecerá depois de Mubarak? O Egito se tornará uma verdadeira democracia, com respeito aos direitos das minorias, ou os islamitas tomarão o poder? A lei da Sharia será introduzida? A Igreja será ainda mais marginalizada do que sob o regime de Mubarak?
O mais perturbador é que, até aqui, nenhum líder modernista e moderado emergiu do caos. Quando as eleições acontecerem amanhã, a Fraternidade Islâmica poderá vencer com mais de 50% dos votos e, então, transformar o Egito numa segunda Arábia Saudita – uma nação extremamente conservadora, que promove o islamismo intolerante e o desrespeito aos direitos humanos.
*Continua
Segue a análise de um observador regional de Portas Abertas.
Tunísia
O cristianismo histórico basicamente desapareceu da Tunísia há muitos séculos. Permaneceu apenas um pequeno remanescente de católicos romanos com vínculos com o passado colonial do país. Apenas recentemente o interesse dos tunisianos pelo cristianismo aflorou, da parte de pessoas com origens no islã. Ministérios cristãos de longo alcance, via internet ou TV por satélite, relatam um aumento impressionante do número de retornos e de respostas pela rede, vindos da Tunísia. Apesar disso, o número de tunisianos que, na verdade, mudou de opção religiosa do islã para o cristianismo tem sido modesto: estima-se que entre 1.000 e 1.500 convertidos.
Todavia, o regime de Bem Ali impôs um fardo pesado sobre essa minúscula comunidade. Os convertidos eram interrogados e submetidos a pressões para desistir de sua fé cristã. A importação de material cristão, ainda que em número reduzido, não era permitida. Por todo o ano de 2010, até os turistas que viajavam com livros de conteúdo cristão tinham seus pertences confiscados, quando os agentes alfandegários detectavam qualquer vestígio de cristianismo neles.
A Tunísia tem uma população muito jovem, que geralmente não se sente atraída pelo islamismo radical. Liberdade de expressão e empregos é o que os jovens querem. Foi isso que iniciou a revolução na Tunísia. Na medida em que será a juventude quem vai determinar o futuro governo da Tunísia, pode haver esperança para a minoria cristã, como o respeito aos direitos das minorias: quaisquer que sejam elas – de gênero, opção sexual, filiação religiosa –poderão ser respeitadas. Felizmente, os islamitas não são fortes na Tunísia e Como resultado, a minoria cristã na Tunísia sonha com um futuro mais luminoso em prazo muito curto.
Egito
O Egito e a Tunísia podem ter duas coisas em comum: uma população jovem e insatisfeita e uma ditadura que durou décadas, mas fica por aí. Enquanto a Tunísia tem uma população relativamente pequena (10 milhões), o Egito tem a maior população árabe do mundo, mais de 80 milhões – cerca de 2,5 vezes o tamanho do segundo maior país de fala árabe.
Enquanto os fundamentalistas islâmicos são um grupo minoritário na Tunísia, a Fraternidade Muçulmana é de longe a maior, e possivelmente a única, oposição organizada no Egito. E existe a minoria cristã, praticamente inexistente na Tunísia, mas que no Egito são 10 milhões de pessoas. Na verdade, 2/3 de todos os cristãos do Mundo Árabe – desde a Mauritânia, no extremo oeste da África, até o Iraque, no leste – vivem no Egito.
A ditadura de Mubarak controlava a Igreja. Nas últimas três décadas, as igrejas tiveram permissão para existir, mas era apenas isso. Acesso restrito à mídia, nenhum direito de proclamar o evangelho fora de quatro paredes, restrições extremas quando se tratava da construção de novas igrejas (em bairros novos das cidades, por exemplo) ou simples reformas de templos eram apenas alguns dos problemas na era Mubarak. Entretanto, os cristãos tinham permissão de dirigir suas próprias atividades, imprimir e distribuir Bíblias e materiais cristãos em seus templos e entre seus fiéis, e também podiam ter algum acesso à comunidade cristã fora do Egito.
A única comunidade de crentes severamente reprimida no Egito, e não autorizada à existência, são os crentes com passado muçulmano. Um número desconhecido de pessoas nascidas em berço islâmico escolheu seguir a Cristo, mas não têm sido autorizadas a fazê-lo legalmente. A carteira de identidade egípcia contém a religião da pessoa e, para mudar a religião no documento de identidade, há uma direção de mão única, ou seja: cristãos podem mudar sua identidade para o Islã, mas é impossível mudar do islã para o cristianismo. Este é um problema generalizado no mundo islâmico.
A revolução da Praça Tahrir foi saudada com efusão por muitos líderes de igrejas protestantes do Egito, pois eles acreditam que haverá mais democracia e mais respeito pela liberdade religiosa. No domingo, 6 de fevereiro, três líderes de igrejas protestantes visitaram a Praça Tahrir, pregaram a Palavra e até fizeram parte do noticiário da Al Jazeera.
Apesar disso, a grande pergunta é: o que acontecerá depois de Mubarak? O Egito se tornará uma verdadeira democracia, com respeito aos direitos das minorias, ou os islamitas tomarão o poder? A lei da Sharia será introduzida? A Igreja será ainda mais marginalizada do que sob o regime de Mubarak?
O mais perturbador é que, até aqui, nenhum líder modernista e moderado emergiu do caos. Quando as eleições acontecerem amanhã, a Fraternidade Islâmica poderá vencer com mais de 50% dos votos e, então, transformar o Egito numa segunda Arábia Saudita – uma nação extremamente conservadora, que promove o islamismo intolerante e o desrespeito aos direitos humanos.
*Continua
Tradução: Joel Macedo
Fonte: Portas Abertas |
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